O Porto Santo vai receber um conjunto de investimentos hídricos por via da ‘bazuca’ europeia. Só para a redução de perdas ?de água serão candidatados mais de 14 milhões de euros, mas o conjunto dos projetos chega aos 25 milhões de euros.A empresa pública ARM – Águas e Resíduos da Madeira tem projetado mais de 25 milhões de euros em investimentos para a Ilha do Porto Santo nos próximos anos.

Estes investimentos surgem na sequência de outros já concluídos, e que têm trazido vários benefícios à população, quer ao nível da recolha de resíduos, quer ao nível do abastecimento de água.

Em fase de conclusão está, para já, a melhoria dos sistemas de abastecimento e de drenagem deste município através da remodelação e ampliação das redes de abastecimento de água potável e das redes de esgoto.

Trata-se de um projeto orçado em quatro milhões de euros e que contemplou a aquisição de equipamentos para deteção de fugas, incluindo ainda o lançamento de 20 quilómetros de rede.

Tal como explicou a secretária regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, que tutela a empresa pública, a ARM tem um leque de investimentos projetados para os próximos anos que serão “determinantes” para o futuro da ilha.

“Tendo em conta as características climáticas da Ilha do Porto Santo é determinante aproveitar todos os mecanismos ao nosso dispor para garantir o abastecimento de água desalinizada no futuro. Parte desse investimento poderá vir do Plano de Recuperação e Resiliência onde só para intervenções em rede de abastecimento, com vista à redução de perdas – uma vez que o custo de produção de água potável é cinco vezes superior ao da ilha da Madeira - serão candidatados mais de 14 milhões de euros”, disse a governante, que sublinhou ainda outros projetos como a recuperação da Barragem do Tanque, orçada em 8,3 milhões de euros. A construção de uma galeria de captação de água salgada mais um investimento que será abrangido pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

A par destes investimentos, a empresa pública continuará a desenvolver novos projetos para uma melhor qualidade de vida da população, nomeadamente através da implementação de novos contentores para recolha de resíduos sólidos e urbanos (ilhas ecológicas) ou na atribuição, a curto prazo, de composto, à semelhança do que tem acontecido em vários concelhos da Região.

Por Alberto Pita albertopita@jm-madeira.pt