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App para gestão de saúde mental dos universitários pode ter aplicabilidade noutros públicos-alvo

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
04 Dezembro 2023
12:20
“É dever das instituições da autonomia” valorizarem e reconhecerem o mérito dos jovens madeirenses nos mais diversos níveis.

Beatriz Severes Lopes, vencedora do prémio ‘+Valor Madeira’, atribuído pelo parlamento madeirense, admitiu que o grande objetivo do trabalho que desenvolveu ao nível de uma aplicação de saúde mental para universitários é que o mesmo tenha aplicabilidade fora da Universidade da Madeira, em particular no Serviço de Psicologia da Saúde Regional.

A mestre em Design de Media Interativos, foi distinguida pelo seu trabalho final de mestrado intitulado ‘Desenho de Intervenções Tecnológicas Colaborativas para Gestão de Saúde Mental’, um reconhecimento que partilhou com a equipa que a acompanhou

Aos jornalistas, a jovem explicou que foi criada uma aplicação para desenvolvimento pessoal, não só de bem-estar como também de saúde mental ligado ao serviço de Psicologia da UMa. “O que fizemos com este projeto foi perceber quais as necessidades dos alunos da Universidade, com um estudo de demografia dos mesmos, e como poderíamos criar algo que os pudesse ajudar neste início de vida académica, depois do ensino secundário”, através de estruturas ao nível da saúde mental. “Com este apoio, queremos que os universitários possam ser as melhores versões deles próprios e suceder academicamente e na vida adulta”, acrescentou.

Dando exemplos práticos do projeto, Beatriz Lopes referiu que a aplicação ajuda os jovens, que não queiram entrar em processos terapêuticos, a terem estratégias de como gerir as ansiedades e “todas as dinâmicas da vida na universidade”. A aplicação tem uma versão ligada ao Serviço de Psicologia, “que trabalha muito bem na Madeira, felizmente, de apoio aos pacientes aliados ao serviço, em que os psicólogos e terapeutas conseguem ter uma ligação mais próxima aos estudantes”.

Questionada sobre se a aplicação que desenvolveu em contexto da UMa poderá ter aplicabilidade fora da instituição, nomeadamente no serviço regional de saúde, Beatriz Lopes admitiu que “essa é uma das componentes do nosso projeto, no sentido de passarmos para a aplicabilidade não só no território da Universidade da Madeira como noutro tipo de ensino ou tipo de públicos. Esse crescimento do estudo foi algo que nós gostaríamos de continuar a avançar, porque muitas das questões são transversais a outras populações. Esse é o nosso objetivo futuro: escalar o projeto para ajudar o máximo da população que conseguíssemos”.

Saliente-se que a jovem recebeu um prémio no valor de cinco mil euros, atribuído pelo Parlamento.

Na cerimónia, o presidente da Assembleia Legislativa sublinhou que “é dever das instituições da autonomia” valorizarem e reconhecerem o mérito dos jovens madeirenses nos mais diversos níveis, como na investigação.

  • O júri, acompanhado por José Manuel Rodrigues e pelos distinguidos.

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas, desta feita a António Maria Janes de Baère, Mestre em Arquitetura (ausente na cerimónia), com o trabalho final de mestrado, intitulado ‘Da Avenida para o mar, porosidades e contactos. Avenida do Mar, lugar polissémico’, e a Joana Daniela Freitas Câmara, com o artigo científico designado ‘Viabilidade, Aceitabilidade e Impacto Preliminar da Interação Motora Integral no Treino Cognitivo Computorizado Baseado em Atividades Instrumentais de Vida Diária: Um Estudo-Piloto Aleatorizado e Controlado com Pacientes Psiquiátricas Crónicas Internadas’.

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