O Governo madeirense também defende que Portugal tenha três círculos eleitorais nas próximas eleições europeias, elegendo assim deputados pela Madeira e pelos Açores.
Instado a se pronunciar sobre a pretensão do governo açoriano nesse sentido, para além da proposta para que, em situações de crise, as decisões sejam tomadas apenas pelos executivos regionais, Miguel Albuquerque afirmou que "nós também defendemos isso".
Em declarações aos jornalistas, depois de ter visitado as obras do pavilhão multiusos da Escola Básica e Secundária dr. Ângelo Augusto da Silva, o presidente do governo regional esclareceu que essas propostas estão "no quadro da proposta da revisão constitucional apresentada pelo PSD". E aproveitou para questionar sobre a posição do PS/Madeira sobre estas matérias. "Resta saber se é só o PSD da Madeira e dos Açores que o desejam. Nós estamos à espera de saber qual é a posição do Partido Socialista", que até agora é "inexistente".
Para o governante, o PS "nada diz sobre as questões cruciais do futuro da Região", lembrando que o PS dos Açores votou a favor, mas que o PS "nada votou porque está à espera de saber o que Lisboa vai dizer. É sempre assim", rematou.
Por outro lado, Miguel Albuquerque sublinhou que há outras matérias importantes a debater em sede de revisão da constituição, como a co-gestão do território marítimo, defendendo que as decisões a este nível devem ser das Regiões Autónomas. "O mar territorial é também pertença dos madeirenses e não faz nenhum sentido quando estamos a falar da economia do mar e das decisões que temos de tomar em termos ambientais, alterações climáticas, reserva e gestão dos espaços protegidos, que os governos regionais não tenham competência".
Por fim, o governante também considerou que a figura do representante da República "é uma situação que deve ser alterada", como aliás, consta na proposta de revisão constitucional. A seu ver, este cargo faz cada vez menos sentido.
Paula Abreu