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44% da faixa corta-fogo no Funchal já estão concluídos

JM-Madeira

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Data de publicação
04 Agosto 2021
17:55

O presidente do Governo Regional esteve hoje no Caminho dos Pretos para inteira-se do andamento da faixa corta-fogo, o projeto da Secretaria Regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas que vai permitir criar uma cintura de proteção à cidade do Funchal.

Criado depois dos grandes incêndios de agosto de 2016, quando as chamas desceram da floresta para o centro da cidade, gerando o pânico e causando avultados danos pessoais e materiais, a faixa corta-fogo é um projeto que compreende uma área de 640 hectares que será limpa de espécies de maior combustão e reflorestada com árvores que travam ou diminuem a progressão das chamas.

Atualmente, há já 280 hectares - de propriedade pública ou privada - sujeitos a essa transformação, dos quais 100 hectares foram doados à Região por privados. Outros privados que mantêm a posse da terra receberam ajudas públicas para desenvolver o projeto de repovoamento das terras.

Os restantes 360 hectares ainda aguardam pelo desfecho dos contactos entre o Governo e os respetivos proprietários. Uma tarefa que nem sempre se revela fácil, devido à dificuldade de saber, por vezes, o paradeiro dos herdeiros. Ainda assim, o processo continua a avançar, como hoje constatou o presidente do Governo Regional.

Na visita ao Caminho dos Pretos, Miguel Albuquerque precisou que a intervenção está a ser desenvolvida em três frentes.

A primeira frente concentra-se na regeneração, corte e arranjo de uma área de 32 hectares. Esta área específica estava "repleta de eucaliptos e acácias" e revelava-se "um pasto de chamas todos os anos".

"Esta zona foi toda cortada, abrimos caminhos florestais e está a ser regenerada parcialmente com plantas endémicas e com outras de fraca combustão, entre elas estão castanheiros, faia das ilhas, massaroco, loureiro e uveira", disse Albuquerque, acrescentando que este trabalho deverá ficar concluído no fim de setembro.

A segunda frente é constituída pela construção de um depósito com capacidade para 1,5 milhões de litros de água, o qual irá servir uma conduta de incêndio com nove quilómetros, dispersa entre o Caminho dos Pretos e o Palheiro Ferreiro. "Há bocas de incêndios instaladas de maneira a fornecer água em caso de incêndios florestais, o que vai diminuir a possibilidade de propagação do fogo nesta zona", explicou.

A terceira fase comporta o trabalho a desenvolver em todos os 640 hectares para a instalação da faixa corta-fogo. Neste momento, 44% da área já está intervencionada (280 hectares).

Quanto a valores, Miguel Albuquerque adiantou que o processo de reflorestação implicou o investimento de 220 mil euros, financiados ao abrigo do PRODERAM (85%), e a rede de combate a incêndios representou um custo de 2,3 milhões de euros.

Alberto Pita

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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