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Artigo de Opinião

Economista

1/06/2023 08:00

Nas palavras de Miguel Villas-Boas (Real Gazeta do Alto Minho, Março 2015): "A sucessão hereditária não é um óbice à Democracia: o princípio monárquico não prevalece sobre o democrático, mas, ao invés, ainda potencia mais o segundo uma vez que a sucessão hereditária garante uma legitimidade que é a independência face ao poder político que nenhum outro chefe de Estado possui. A Monarquia não provoca antinomia inconciliável entre um chefe de Estado e governo, assim como não petrifica o Primeiro Cidadão como instrumento político de um governo da sua área ideológica." Acresce ainda que a sucessão hereditária, proporcionada pela Monarquia Constitucional, permite uma evolução da mesma por via de uma autêntica substituição geracional, pois "...a um Rei sucede um Rei, que até à hora da sucessão foi um Príncipe herdeiro, de uma geração diferente, educado no seu tempo e nas novas ideias da sociedade. O Príncipe Herdeiro é, assim, preparado para Reinar na altura certa, compreendendo as mudanças da sociedade, pois viveu-as - a conjuntura é a sua!" (Real Gazeta do Alto Minho, Março 2015).

Ao mesmo tempo, a Monarquia permite à chefia de estado a personificação da pátria em torno da unidade social mais básica, a Família (Real) e em torno da qual, história, cultura, identidade, e ligações intergeracionais se unem em torno do Monarca e da sua família, cuja sua única missão é servir Povo e a Constituição. A Monarquia como chefia de Estado é vivenciada pelos países mais ricos e democracias mais avançadas da Europa: Reino Unido, Espanha, Suécia, Dinamarca, Países Baixos, Noruega, Mónaco, Liechtenstein, Bélgica e Luxemburgo. Aconteça o que acontecer na política, o Monarca é a âncora e o pilar de estabilidade do país, ao contrário do que se vivencia em República. E desenganem-se aqueles que argumentam contra a Monarquia por meros motivos económicos, pois estes regimes tendem a ser mais eficientes que a Presidência da República Portuguesa, para não falar dos spill overs em termos turísticos e do soft power que uma Família Real proporciona. Convém lembrar que a Presidência da República Portuguesa custa €1,93/capita (2023); a Casa Real Espanhola custa €0,17/capita (2023); a Casa Real do Reino Unido custa €1,49/capita (2021-2022); a Casal Real dos Belgas custa €1,14/capita (2022); a Casa Real da Suécia custa €0,71/capita (2023); a Casa Principesca do Liechtenstein custa €0 (zero)/capita dada a riqueza pessoal da família proveniente de investimentos financeiros pessoais…

Posto isto resta saber porque Portugal continua refém de um regime implementado por terroristas, e pela carbonária e que à data (1910) constituía apenas 2% dos deputados eleitos na Câmara de Deputados. Regime esse que erodiu os direitos políticos já conquistados pelos Portugueses e ainda hoje continua com uma constituição não referendada pelo Povo Porttuguês! Porém, no próximo dia 7 de Outubro, Portugal voltará a lembrar-se do que seria viver em Monarquia com o casamento de Sua Alteza Real a Infanta Maria Francisca de Bragança, Duquesa de Coimbra. Por um dia Portugal enquanto nação voltará a lembrar-se do que poderá ainda ser. Viva a Sereníssima Real e Ducal Casa de Bragança!

P.S - Até quando é que o Director Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira vai permitir que se continue a hastear a Bandeira da Região Autónoma da Madeira em mau estado, como já acontece há, pelo menos, duas semanas? Onde está o respeito pela Autonomia da parte de um organismo fiel depositário da História da Região?!

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