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Artigo de Opinião

Advogado

25/10/2022 08:00

É verdade que as coisas estão melhores do que há 20 anos atrás, em que os filhos dos queques frequentavam o liceu na parte da manhã e o resto ficava para o turno da tarde.

Há tanta forma de chegar a queque, seja através da política, por laços familiares ou através da riqueza.

Existem vários tipos de queques, uns que nasceram para isso e outros que são feitos à pressão.

Somos dominados por famílias queques, em que o povo se encontra submisso, não reivindicando os seus direitos.

A função pública está cheia de queques e de estatutos, funciona como a realeza em palácios e trajes medievais.

Uma vez atingido o estatuto de queque não querem voltar para trás.

Existem mais queques na direita, mas também os há à esquerda.

A diferença é que uns assumem que são queques e outros andam disfarçados em representantes do povo.

Antigamente viam-se os queques pela roupa, agora também mas com mais cuidado, não tão evidente.

Os queques vão sempre existir, a grande questão é porque são eles que nos governam? Se há menos queques que povo!

Não há resposta para esta pergunta, o povo gosta de queques, têm dentes bonitos e vestem-se bem, alguns têm boas maneiras outros nem tanto, são mimados.

Temos presidentes queques, deputados queques, secretários queques e vereadores queques.

O que é um queque, é alguém que pensa ser melhor que os outros por circunstâncias divinas, nascem com esse direito.

E o povo, anda preocupado com a esmola, com as ajudas sociais, em vez de reivindicar melhores ordenados aos queques.

O queque só se dá com queques, andam sempre juntos.

Têm uma consciência social grande, o que faz com que seja um grupo unido e coeso.

Tantos políticos transformam-se em queques à pressão quando estão na ribalta, que até dá pena perguntar de onde vieram.

É certo que o status de queque abre as portas da ribalta e da fortuna, nesta sociedade de cunhas, mas as coisas poderiam ser tão diferentes, caso o povo tivesse consciência de classe, que é o que falta.

Imaginem o povo no poder, o que aconteceria aos queques, que foram sempre protegidos por regimes ditatoriais.

A Madeira tem de dar uma volta, é dos sítios com mais snobs por metro quadrado no país, só comparável a Cascais e Sintra.

O queque costuma andar de fato, a não ser que trabalhe num banco onde é obrigatório, notam-se à distância pelo andar e pelas vezes que pedem desculpa sem razão ao dia.

Os meus melhores cumprimentos aos queques e espero que tenham gostado do artigo.

O queque por natureza nasce rico, os outros são feitos à pressão.

Somos dominados por uma sociedade de queques, e pior gostamos disso, porque votamos sempre nos mesmos queques.

Ter um nome não é sinónimo de ser queque, mas os queques tanto andam que ajudam a transformar quem tem um nome em queque rapidamente.

Os queques pagam mal, tratam com desprezo os inferiores e têm a mania de grandeza.

Mas se souberes levar um queque ele dá-te tudo porque o queque também gosta de ajudar os bajuladores.

O queque domina o privado e o público, que muitas vezes andam de mãos dadas.

Ainda há o queque paternalista, que trata os inferiores como filhos, e castiga-os para aprenderem.

O queque trabalha é verdade, mas recebe como um queque.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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