MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

2/05/2023 05:39

1- Diretiva Reivindicações Ambientais (Green Claims) e; 2- Diretiva sobre a capacitação dos consumidores para a transição ecológica através de uma melhor proteção contra práticas desleais e de melhor informação.

Enquanto, por um lado, a Diretiva das Reivindicações Ambientais visa estabelecer um padrão comum para que as empresas comprovem as alegações sobre o desempenho ambiental dos seus produtos, o que eventualmente levará a mais transparência e confiança no mercado, por outro, a Diretiva sobre a capacitação dos consumidores para a transição ecológica garantirá que os consumidores tenham acesso a informações mais claras e precisas sobre o desempenho ambiental dos produtos e serviços.

Os objetivos da União Europeia para combater as alterações climáticas e o pacote "Fit for 55", preparados para 2030 em português, estão a trilhar o caminho certo para todos os setores, marcando um ponto de viragem especialmente para as empresas - porque estas terão de investir mais em produtos e em serviços amigos do ambiente em todos os sectores. E o Turismo?

Segundo dados do Booking.com em 2022, 4 em cada 5 viajantes querem viajar de forma mais sustentável e 47% destes dizem que não há no mercado opções sustentáveis suficientes disponíveis.

São excelentes dados sobre como o setor de turismo está em transição, sobre a procura e a oferta e, em especial, sobre as escolhas e o comportamento do consumidor.

Porém, é preciso considerar que mesmo que estas sejam as intenções dos consumidores, quando se viaja, o preço ainda é o fator determinante para a maioria dos cidadãos. Especialmente com o aumento do número de voos das companhias low cost, o turismo de massa vai crescer. E o investimento das empresas depende da sua própria capacidade de investir. A UE precisa disponibilizar incentivos e apoio financeiro, mas também de apresentar incentivos para que as empresas adotem práticas e produtos sustentáveis, de modo a compensar os custos da transição.

No Parlamento Europeu, desde o início do mandato, tenho apelado a uma rubrica orçamental específica para o setor do turismo, capaz de apoiar empresários, trabalhadores, pequenas e médias empresas, que permita uma melhor gestão dos recursos.

Ao adotar uma abordagem multifacetada que apoie os consumidores e a indústria, podemos criar um futuro mais sustentável e mais equitativo para todos. Numa região onde o Turismo representa cerca de um terço da nossa economia, não podemos ficar para trás, e urge garantir que esta vontade e incentivos cheguem às nossas micro, pequenas e médias empresas para concretizar a mudança sustentável neste sector tão importante para todos nós. Somos uma região ultraperiférica, e devemos mostrar que estamos na vanguarda do combate às alterações climáticas, dado termos o potencial e as ferramentas para nos tornarmos num destino turístico sustentável.

O sucesso destas propostas dependerá da cooperação entre as empresas e os consumidores, mas também da resposta que daremos ao nível europeu, nacional e regional, para a sua implementação e cumprimento, fazendo frente a todos os desafios previstos e imprevistos para alcançar uma transição verde no setor de turismo, que não deixe nenhum cidadão para trás.

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