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Artigo de Opinião

Advogada

9/03/2022 08:00

Sim, como se nada tivesse acontecido…, muitos homens olvidam a verdade…, a verdade que brota de um amar sem medidas, procurando o bem do outro, da sociedade, do mundo, que que não se alegra com a injustiça e tudo faz para que a criança, o jovem, o velho que sofre alcance o merecido amparo e conforto.

Ora, e quando desaprendem e esquecem esta verdade trilham um caminho da arrogância, do despotismo, da maldade, do imperialismo em que fazem surgir uma guerra na qual "os jovens que não se conhecem e não se odeiam, se matam por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam".

Não consigo alcançar a maldade que encerra o coração do senhor Vladimir Putin que desde há alguns anos vem tornando a Europa dependente do seu petróleo e gás natural, corrompendo e praticando assassínios seletivos dos seus dissidentes, sem que alguém tivesse pretendido vislumbrar o que o mesmo estava a preparar. Com uma ambição desmedida, e focado no "seu império" disse a 21 de fevereiro, num discurso de uma hora, que pensa que a Ucrânia não deveria existir. E eis que no dia 24 de fevereiro, quando passava já das 3h30 em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, sob as suas ordens iniciaram-se as explosões nos arredores da capital da Ucrânia e deflagra, assim, uma guerra que constitui uma verdadeira loucura.

Fruto das ligações ao Secretariado das Migrações conheci e conheço cidadãos ucranianos, um povo que, continuadamente, tem tentado derrubar líderes cleptocráticos, apoiados pela Rússia, que já foi "sujeito à opressão dos czares russos, morto à fome por Estaline, martirizado pela II Guerra Mundial e ocupado pelos nazis". Mas este povo não desiste, luta e morre pela democracia, pela Europa que tem no seu jovem Presidente (Zelensky) um sinal de esperança, de coragem que espanta este estranho mundo que não conseguiu perceber que a leste estava a nascer um monstro com quem nenhum líder europeu conseguiu estabelecer um diálogo. Efetivamente, até aqui as conversações não passaram de manobras de distração.

Zelensky, que se crê estar, ainda, em Kiev, na cimeira extraordinária da União Europeia, realizada via Zoom, disse aos seus homólogos europeus … "Talvez seja a última vez que me vejam vivo" … e referiu "Eu preciso de munições, não de um táxi". Já para Putin não deixou de mencionar que "Você pode tentar matar-me, estou pronto para isso, porque sei que vive em mim uma ideia e que ela irá sobreviver-me". São palavras duras de quem se tornou líder de um povo, de uma nação que acredita na democracia e está disposta a lutar por ela até às últimas consequências.

A verdade é que nesta loucura, que é a guerra, quantas vidas e esperanças ucranianas foram interrompidas…, abeiro-me do sofrimento de todas elas e com elas choro…, sou filha, esposa, nora e mãe e quão terrível deve ser o sofrimento de perder os que mais amamos. "A criança sem futuro a caminho…, mães sem saber o que dizer…, sem saber quanto tempo vai demorar esta despedida…, rapazes sem saída à espera dos inimigos…, homens sem casa a que regressar…, pais a quem arrancam os filhos das mãos e as estradas que já não se deixam caminhar" …tudo é tão, avassaladoramente, triste.

Continuemos a fazer o bem, sem esmorecer, pois, somente praticando o melhor para com todos, com verdade que não procura o seu próprio interesse, mas antes o bem comum, se alcançará a paz! Todos somos Ucrânia, Todos somos Europa!

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