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Artigo de Opinião

Gestora de Projetos Comunitários

16/12/2023 08:00

Chegados a dezembro, é inevitável fazer o balanço de 2023, de olhos postos em 2024.

Eleições. O próximo ano será um ano muito exigente, politicamente falando. Temos eleições antecipadas na Região Autónoma dos Açores a 04 de fevereiro, eleições legislativas antecipadas a 10 de março e eleições europeias entre 06 e 09 de junho. Um ano, diria, bastante intenso para os cidadãos, pelo que nunca é demais relembrar que votar é uma condição necessária da democracia – não abdique dos seus direitos, vote. A este respeito, saliento uma questão pertinente levantada pela Professora Teresa Ruel: a fadiga eleitoral, que pode ter impacto na abstenção e participação eleitoral. Embora a fadiga eleitoral não seja o único fator determinante da abstenção (seja voluntária ou apática), importa ter em consideração que esta pode ter particular impacto nas eleições de 2024, especialmente se se mantiver o ambiente eleitoral onde os atores políticos teimam em dizer mal das propostas uns dos outros, discutir “casos e casinhos” ou lançar ideias populistas (apresentadas por radicais sem qualquer tipo de consciência ou limite ético ou moral) aproveitando-se das falhas do sistema para enganar o cidadão menos atento. Teremos mais e melhor governação sempre que a oposição cumpra o seu papel e não se limite a apresentar votos de louvor ou projetos de resolução para marcar a agenda política - que resultam apenas em ruído e incoerência ideológica. O debate deve passar por discutir soluções que combatam o aumento bárbaro do preço dos bens essenciais, a subida dos custos com a habitação, a degradação dos serviços públicos e da confiança nas instituições públicas, temas que têm vindo a colocar uma grande franja da nossa sociedade em situação de grande vulnerabilidade, em particular os idosos.

Idosos. É nesta fase que começamos a ouvir falar sobre o aumento das altas clínicas e o número atroz de idosos que são, inconsequentemente, abandonados à porta do nosso Hospital. É inevitável sentir repúdio e revolta por quem abandona uma pessoa vulnerável em qualquer momento, mas mais ainda num tempo que se quer de paz, amor, união e solidariedade. No tempo em que o nosso pensamento deve estar com a família, ainda há quem consiga mostrar-nos que o nosso futuro pode ser este: o de sermos abandonados pelos nossos próprios filhos. Por isso, ponha a mão na consciência e reflita. Seja por não ter capacidade para cuidar do seu familiar, seja por não querer cuidar do seu familiar, procure apoio. Porque lhes devemos respeito e dignidade. Cada uma destas camas ocupadas por alguém que não precisa de cuidados médicos, retira condições a outros que precisam desses cuidados. Pense nisso.

Uma nota final. É certo e sabido que o desporto amador sobrevive na base da boa vontade e investimento dos pais dos atletas (de todos os atletas, independentemente da modalidade desportiva). Os apoios existem, mas são escassos para cobrir as despesas com jogos, deslocações ou estágios. O Hóquei Clube da Madeira vai realizar, hoje, pelas 20h00, um espetáculo de Natal – “Natal em Patins” – no Pavilhão Gonçalves Zarco (Barreiros). Contará com uma iniciativa de angariação de fundos para apoiar todas as suas atletas da modalidade de patinagem artística a realizar um estágio em 2024. O evento é público, a entrada é gratuita. Se puder contribuir, contribua. Se não puder contribuir, aproveite o espetáculo e Boas Festas!

P.S.- Pela sua segurança e de todos, se conduzir, não beba.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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