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Artigo de Opinião

25/05/2021 08:01

Curiosamente, esta é a primeira terça-feira após o fecho do campeonato de futebol em Portugal. No momento em que vos escrevo, está a ser disputada a final da Taça de Portugal, não sei quem é que venceu, apenas que foi uma equipa que normalmente equipa de vermelho. Parabéns ao vencedor. Quanto ao campeonato, o Sporting Clube de Portugal, após andar anos e anos pelo cabo das tormentas, conseguiu acertar passo e sagrar-se campeão nacional, logo, os parabéns ao mesmo.

Passadas as congratulações aos vencedores, não vou estar a contar com brindes de poncha, ou o que for, num camarote presidencial a celebrar a não descida de divisão de um clube em que o seu presidente insiste que tem o sonho da Liga dos Campeões, ou Liga Europa, ou o ‘diabo a quatro’, o discurso assemelha-se, cada vez mais, a um vendedor de ‘banha de cobra’…

Falemos então dos clubes regionais - sim, sei que já comecei a falar de um deles, mas vamos fazer de conta que aquela triste foto de beija-mão não existiu e isto foi tudo fruto da minha imaginação.

Comecemos pelo fim, neste caso acaba por ser literalmente. O Clube Desportivo Nacional na época de regresso à I Liga, após uma subida na secretaria, voltou a desiludir e regressou ao segundo escalão do futebol português. Estranhamente até deu sinais que seria o melhor clube da Região no início do campeonato, tal não se verificou e nem o regresso do prof. Manuel Machado conseguiu reverter a campanha desastrosa do conjunto alvi-negro na segunda volta da prova. Entretanto, o clube está em polvorosa, com processo eleitoral pelo meio. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Com todo o respeito, passemos ao que interessa. A temporada acabou, o Marítimo quedou-se pelo 15º lugar, o primeiro acima do play-off, ou play-in, ou play-out, dependendo da perspetiva. Um lugar que não pode ser considerado, de todo, honroso para alguém que tem 42 presenças na divisão maior do futebol português, 37 delas consecutivas. Estranhamente o presidente que subiu pela última vez foi o senhor António Henriques, o mesmo que tratou do processo de tornar o Campo da Imaculada Conceição relvado - às vezes convém relembrar a quem manda que a história não pode ser alterada a seu belo prazer.

A época em si foi mais uma a que o clube nos tem habituado nos últimos três anos. Fazendo a analogia entre o cinema, foi um filme de terror, em que o realizador contratado não tinha capacidade para dirigir o mesmo, foi substituído pelo realizador da segunda unidade, que para espanto de todos mostrou-se também incapaz de avançar com as filmagens, até que finalmente entrou outro realizador para terminar este filme de terror.

Os erros de casting foram evidentes, alguém se lembra do ator que veio em janeiro, Sassá de seu nome (tem mesmo nome de pinta de ator)? Ou da antiga glória dos filmes de ação, Fumu Tamuzo? Igualmente presente foi aquele ator que ajudou a financiar o filme, que chegou com muita pompa e circunstância, Faiq Bolkiah, mas o seu tempo no ecrã só existiu como figurante. No fim o filme foi lançado, acabou por garantir os serviços mínimos, no IMDb tem nota de 5.0, enquanto no Rotten Tomatoes ficou pela classificação de podre, 55%. Na antestreia o diretor de casting, produtor, editor, diretor de cena, cinematógrafo apresentaram-se todos contentos a celebrar o feito do presidente do estúdio que nos fez chegar o terceiro filme de terror de uma saga que parece não ter fim.

Enfim, isto está a ficar pior que a saga SAW…

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