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Artigo de Opinião

26/06/2023 08:00

Servindo para gastar o dinheiro dos Contribuintes em viagens e em reuniões de resultados nulos, em vez desse dinheiro ser investido na Investigação, nas Universidades e no desenvolvimento científico.

Desenvolvimento da Ciência que é urgente para salvar o planeta e os seus seres vivos. Para, sobretudo, permitir a sobrevivência da Pessoa Humana com toda a Sua Dignidade.

Portanto, impõe-se incrementar a Educação Ambiental, a qual é um conjunto de ensinamentos teóricos e práticos, que têm por objectivo despertar nos Cidadãos a percepção e a compreensão das acções e atitudes que visam a conservação de Meio Ambiente, tendo em vista, prioritariamente, a Saúde e o Bem-Estar de todos e de cada um.

Um Conhecimento rápido e maior, principalmente nos domínios das águas, dos mares, das florestas, dos lixos, da reciclagem e da compostagem.

Trata-se da obrigação colectiva de proteger a Humanidade. Trata-se até de uma "revolução higienista".

Até se trata de voltar aos Textos antigos, começando por aprendermos como a Bíblia vê a Natureza.

Trata-se de proteger as minorias em cada núcleo social considerado, pois estas, fatalmente, são sempre as primeiras e as mais duramente atingidas, inclusive também quando de desastres ambientais.

Conteste-se o liberalismo económico, porque confunde "desenvolvimento" com o mero crescimento do Produto Interno Bruto.

O Desenvolvimento, para ser Integral, isto é, não só abranger o campo económico, mas também as áreas sociais, culturais e ambientais, tal Desenvolvimento tem de ser SUSTENTÁVEL.

Desenvolvimento Sustentável significa a exploração dos recursos naturais do planeta garantir, às futuras gerações, a continuidade da existência de um stock desses mesmos recursos.

E garantir stock a um nível que vá permitindo às novas gerações que se seguem, sempre as mesmas possibilidades de Desenvolvimento Integral de que beneficiaram as gerações anteriores.

Na economia de mercado tradicional, o conceito de Produção assenta na combinação Natureza, Capital, Trabalho e Organização.

Nesta combinação, o Capital é o factor que vem valendo mais, porque é o mais escasso.

Mas, atenção! Quando este decorrer das coisas no planeta, colocar a Natureza mais escassa do que o Capital, não haja dúvidas de que se assistirá à uma mudança profunda na Economia.

A Natureza, então mais escassa, passará a ser o factor mais determinante nas opções que se irão fazendo, quer pela Administração Pública, quer pelas Empresas, quer até pelos próprios Cidadãos.

Será um novo quadro mundial em que a Ciência e a Política forçosamente terão de se entender, e em que serão enterrados os envelhecidos conceitos políticos hoje vigentes, à "direita" e à "esquerda".

Numa avaliação do Meio Ambiente, assente no que devemos fazer para alcançar melhores resultados, já não é possível agarrarmo-nos só às nossas preferências.

Os actos económicos de troca de bens e de serviços devem passar a ter uma avaliação em termos de "VALOR SOCIAL", para além da actual consideração de apenas o valor tradicional de mercado.

O Ecossistema fornecerá Matérias e Energia, já não só à mercê da lei da oferta e da procura, mas conforme critérios novos em que os preços se estabelecem já tendo em conta o Desenvolvimento Sustentável.

A Ciência Económica obriga à Verdade Objectiva, que são as realidades a que o planeta chegou. As quais implicam inadiavelmente considerar os Valores ambientais com Inteligência e em Consciência.

Mas, ao contrário do que o barulho das manifestações, dos "congressos", da comunicação social e dos políticos deixa transparecer, Ecologia e Economia não são adversárias.

A Ecologia e a Economia, quando são sérias, não são contra a expansão das actividades produtivas.

O que pretendem, ambas, são as actividades produtivas dentro dos limites que a Natureza impõe.

Ecologia e Economia estão cientificamente de acordo que actividade produtiva e poluição normalmente estão associadas. Como até estão de acordo na existência de um limite a partir do qual é necessária uma certa coibição da actividade produtiva.

A diferença está em os Economistas considerarem seguro atingir ainda maiores níveis de produção, enquanto que os Ecologistas não.

É a velha discussão sobre a "falha de mercado".

Explico. Supunha-se que uma certa produção causa um determinado grau de poluição, embora decorra num equilíbrio normal entre a oferta e a procura.

Ora, está produção não está a gerar o que se chama "benefícios sociais líquidos".

Porque esse produto está a ser produzido já em excesso, na medida em que a quantidade de poluição que gera, é superior à desejável sob o ponto de vista da sociedade.

É precisamente aqui que Investigação, Universidade e Ciência terão de estar focadas, sobretudo em função de alternativas possíveis.

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