MADEIRA Meteorologia

Ministra reconhece que INEM aciona meios para situações que não justificam

Data de publicação
11 Dezembro 2024
11:34

A ministra da Saúde reconheceu hoje que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) aciona meios diferenciados para situações que não precisavam e alertou que esses meios poderiam ser rentabilizados.

“Mais de 80% dos meios acionados poderiam ser rentabilizados. Muitas vezes acionamos meios para situações que não precisavam de um nível tão diferenciado de meios”, disse Ana Paula Martins, que hoje está a ser ouvida na Comissão Parlamentar de Saúde sobre o INEM.

A ministra reconheceu aos bombeiros “fundamentação em muitas queixas que colocam” e afirmou: “A articulação tem de ser melhor”.

A propósito das condições em que o INEM opera, apontou a falta de georreferenciação, de uma aplicação que possa ajudar a responder a alguém que fale outra língua, assim como meios tecnológicos que permitam “traduzir a informação recolhida para os hospitais”.

Questionada pelos deputados, insistiu que o INEM não poderá deixar de ter meios próprios de triagem, rejeitou qualquer privatização do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e sublinhou a necessidade de encontrar soluções tecnológicas, com apoio de Inteligência Artificial, para facilitar o trabalho dos técnicos.

Questionada sobre a comissão técnica independente que estudará o funcionamento da emergência médica, anunciada no verão, Ana Paula Martins disse não saber ainda quem a vai coordenar nem o tempo que o trabalho pedido demorará.

Sobre o facto de o plano de emergência da saúde não ter medidas imediatas para a emergência médica, a ministra disse que, quando o plano foi apresentado, no final de maio, o Governo não tinha uma avaliação e diagnóstico da situação do INEM como hoje tem.

“Sabendo o que sei hoje, teria lá mais três ou quatro medidas que fazem parte da refundação do INEM de que tanto se fala”, disse.

Sobre o serviço de socorro, lembrou que “já hoje de externaliza 93% da atividade do INEM” e admitiu a hipótese de passar a ter contratos programa plurianuais com os parceiros (bombeiros, por exemplo).

Questionada sobre o facto de ter chamado a si a responsabilidade da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que está inspecionar a falta de respostas do INEM que alegadamente poderá estar na origem de 11 mortes durante as greves na saúde, a ministra respondeu: “Nada do que eu diga vai convencer quem acha que isto foi para ter controlo sobre as decisões da IGAS”.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Como avalia o desempenho das autoridades no combate ao tráfico de droga?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas