A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considerou, hoje, urgente o reforço das medidas de controlo da pandemia e de apoio à atividade turística.
Numa nota enviada à redação, a CTP apelou a que o Governo não só reforce as ações para proteger a população e reduzir o número de vítimas da doença provocada pelo coronavírus, como também sublinhou a necessidade de garantir "medidas de apoio ao Turismo, num momento em que as empresas já não têm reservas para fazer face a todos os custos fixos que ainda perduram, face aos 12 meses de congelamento quase total da actividade".
"A situação das empresas do Turismo é muito preocupante e agrava-se todos os dias. Se não atuarmos com rapidez, não haverá empresas para salvar e serão destruídos milhares de postos de trabalho, mergulhando o país numa crise que ninguém deseja. Se não mantivermos a nossa oferta, não podemos garantir o regresso da procura", afirmou Francisco Calheiros, presidente da CTP.
Assim, esta associação propôs diversas medidas ao governo, entre as quais constam as seguintes: "Continuação e reforço, em prazo e dotação, dos incentivos financeiros não reembolsáveis"; "Reforço financeiro do programa Apoiar"; "Maior amplitude em número e diversificação das moratórias de crédito às empresas"; "Continuação das medidas de apoio à manutenção do emprego até, pelo menos, ao final do ano de 2021, alargando o lay off simplificado a todas as empresas com perda de faturação e volume de negócios"; "Criação de um plano de promoção turístico à escala global com vista à recuperação da perceção de segurança do destino turístico Portugal", entre outras.
A CTP mais recordou que o turismo tem sido uma das atividades mais afetadas pela pandemia, tendo os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais registado quebras superiores a 60%, os valores mais baixos desde 1993.