Congresso
O secretário-geral do PS promoveu, ontem, uma ovação dos congressistas aos profissionais de saúde pelo combate à pandemia, fez uma cerrada defesa do Estado Social e afirmou que Portugal já está a crescer acima da média europeia.
António Costa, que falava, no 23º Congresso Nacional do PS, no Portimão Arena, onde foi reeleito secretário-geral com 94% dos votos, dedicou grande parte da sua intervenção às consequências da pandemia da covid-19 em Portugal e ao processo de recuperação do país após a crise sanitária, económica e social.
“Temos de dirigir uma saudação muito calorosa a todos os profissionais de saúde”, declarou António Costa, motivando uma prolonga salva de palmas dos congressistas socialistas, todos de pé, ao longo de qual um minuto.
Depois de destacar também o papel das Forças Armadas, do setor social e o sentido cívico com que os portugueses respeitaram e cumpriram os dois confinamentos, António Costa saiu em defesa do Estado Social, prometeu reforçar os investimentos em particular no Serviço Nacional de Saúde (SN) e aproveitou para traçar algumas linhas de demarcação ideológica face aos partidos à direita do PS.
"Há cinco grandes lições, do meu ponto de vista, a retirar desta pandemia. A primeira é que um Estado social forte é imprescindível. Sem um Estado social forte nós não teríamos tido o músculo da Segurança Social a apoiar os rendimentos e a apoiar os empregos e a apoiar as empresas. Sem um Estado social forte nós não teríamos tido, sobretudo, um SNS que foi a grande resposta a esta pandemia", sustentou.
Perante os congressistas do PS, António Costa abordou também outras “lições da pandemia”.
Defendeu então a tese de que se o país não estivesse com finanças públicas sólidas no final de 2019 não teria sido possível gastar para se proteger as pessoas e as empresas no período de pandemia a partir de março de 2020.
Para o secretário-geral do PS, a quinta e última lição da pandemia foi a necessidade de Portugal dar resposta “mais rápida” às vulnerabilidades sociais que focaram patentes com a crise sanitária e económica, a começar na precariedade laboral em vários setores de atividade.
No seu discurso, o líder socialista prometeu intensificar o combate à corrupção, apontando que o seu Governo já apresentou a este nível uma proposta de “estratégia nacional”
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Carla Ribeiro/Lusa