O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs hoje a realização de uma reunião trilateral com os homólogos norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, apelando ao mesmo tempo a novas sanções contra Moscovo.
Segundo o chefe de Estado ucraniano, a proposta pretende fazer avançar as conversações de paz sobre a guerra na Ucrânia.
“Estamos prontos para o formato ‘Trump-Putin-me’ [Volodymyr Zelensky]”, disse o presidente ucraniano numa conferência de imprensa que foi gravada na terça-feira e transmitida hoje.
Na mesma declaração, Zelensky acrescentou que está disposto a alargar o formato da reunião, com a participação dos Estados Unidos, porque o chefe de Estado russo não se sente confortável com uma reunião bilateral.
Por outro lado, Zelensky disse que espera sanções por parte dos Estados Unidos contra a Rússia, visando especialmente os setores energético e bancário.
Para Zelensky, as sanções devem ser aplicadas porque Moscovo “ainda não” aceitou a proposta de cessar-fogo.
De acordo com o Presidente da Ucrânia, Kiev ainda não recebeu de Moscovo o memorando referido na semana passada pela Rússia e que deveria definir as condições russas para um acordo de paz duradouro, após três anos de invasão.
O Presidente Zelensky frisou que o documento russo tem de ser enviado a Kiev assim que uma troca de prisioneiros, que está a ser negociada, estiver concluída.
Afirmou ainda que Moscovo reuniu mais de 50 mil soldados perto da região ucraniana de Sumi (nordeste).
Segundo Zelensky, trata-se da preparação de uma “possível ofensiva” contra o território fronteiriço onde Moscovo pretende criar “uma zona tampão” para evitar incursões das forças de Kiev.
O chefe de Estado da Ucrânia acusou diretamente a Rússia de querer “empurrar” as tropas ucranianas e preparar a ofensiva na região de Sumi.