MADEIRA Meteorologia

Médio Oriente: Israel demite reservistas a favor do fim da guerra para libertar reféns

Data de publicação
10 Abril 2025
16:03

O comandante da Força Aérea israelita anunciou hoje a demissão dos pilotos reservistas que pediram, numa carta publicada na imprensa, a libertação de reféns, mesmo que isso signifique pôr fim à guerra em Gaza.

“Com o total apoio do chefe do Estado-Maior, o comandante da FAI [Força Aérea Israelita] decidiu que qualquer reservista no ativo que tenha assinado a carta não poderá continuar a servir”, disse o responsável, citado pela agência de notícias France-Presse AFP.

Cerca de mil reservistas ativos e reformados da Força Aérea israelita assinaram uma carta, divulgada na imprensa, a pedir que se acabe com a ofensiva na Faixa de Gaza se essa for a única forma de conseguir libertar os reféns ainda detidos pelo grupo islamita Hamas.

“A guerra serve interesses políticos e pessoais; só um acordo garantirá o regresso seguro dos reféns”, afirmaram os signatários, sublinhando que “a continuação da guerra não promove nenhum dos objetivos declarados e resultará na morte de reféns, soldados e civis inocentes”.

“Como já foi comprovado no passado, só um acordo pode devolver os reféns em segurança, sendo que a pressão militar leva principalmente à morte de reféns e a riscos para os nossos soldados”, declararam os reservistas, pedindo que “todos os cidadãos de Israel se mobilizem”.

Com exceção de cinco dos signatários, todos forneceram os nomes, o que significa que são veteranos, embora o portal ‘online’ de notícias israelita Ynet tenha indicado que cerca de 10% são reservistas no ativo.

Entre os nomes está o de Dan Halutz, antigo chefe do Estado-Maior.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou os signatários, afirmando que “recusar servir é recusar servir, mesmo que isso seja dito de forma implícita ou através de linguagem velada”.

Para Netanyahu, estas declarações “enfraquecem as FDI e fortalecem os inimigos em tempo de guerra”, pelo que “são imperdoáveis”.

Netanyahu manifestou também apoio à decisão de destituir os signatários.

Também o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, manifestou a “firme rejeição” à carta, que descreveu como “uma tentativa de minar a legitimidade da guerra justa que as FDI estão a liderar em Gaza, pelo regresso dos reféns e pela derrota da organização terrorista assassina Hamas”.

“Confio no julgamento do chefe do Estado-Maior [Eyal Zamir] e do comandante da Força Aérea [Tomer Bar] e estou convencido de que vão lidar com este fenómeno inaceitável da forma mais apropriada”, considerou o ministro, citado pelo jornal The Times of Israel.

As autoridades de Gaza, onde o Hamas está no poder desde 2007, estimaram na quarta-feira o número de mortos em quase 50.850, como resultado da ofensiva militar de Israel contra o enclave após os ataques do movimento palestiniano a 07 de outubro de 2023.

Segundo Israel, o Hamas ainda mantém mais de 50 reféns dos 250 que sequestrou em 07 outubro de 2023, quando o Hamas atacou o território israelita, dando início à guerra.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas