O Exército israelita confirmou hoje a morte de oito membros do grupo palestiniano Hamas que, segundo Telavive, estiveram envolvidos nos ataques conduzidos pelos islamitas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023 ou na captura de reféns.
“Pode agora ser revelado que oito terroristas que se infiltraram em território israelita e participaram no brutal massacre de 07 de outubro, entre eles terroristas importantes envolvidos no assassínio e sequestro de civis israelitas, foram eliminados”, anunciaram hoje os militares israelitas na rede social X.
A mensagem surge acompanhada por fotografias dos elementos do Hamas acusados de participação nos ataques de 07 de outubro e a palavra “eliminado” sobre cada uma delas.
Segundo a nota militar, as operações conduzidas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) e pela agência de segurança ISA “eliminaram os terroristas responsáveis pelos raptos de Noa Argamani, Avinatan Or e Eitan Mor” no festival de música Nova, que decorria durante os ataques liderados pelo Hamas.
Em concreto, o Exército detalhou que Ahmed Ibrahim Shaar, a que é imputado o rapto de Noa Argamani — resgatada em junho de 2024 após uma operação israelita no campo de refugiados de Nuseirat —, foi morto em 22 de agosto num ataque na Faixa de Gaza.
Da mesma forma, Ahmed Abu Marhil, acusado do rapto de Avinatan Or — companheiro de Argamani e recentemente libertado ao abrigo do acordo de cessar-fogo que vigora desde 10 de outubro no enclave palestiniano -, foi morto num ataque israelita no território em 26 de março.
O Exército israelita revelou ainda que Arafat Dib, a quem atribui o rapto e detenção de Eitan Mor, foi abatido num ataque levado a cabo em 30 de maio.
Da mesma forma, outro elemento do Hamas, Odeh Alian Ahmed, alegado responsável pela detenção de reféns, morreu em 26 de agosto, segundo os militares israelitas.
As FDI detalharam ainda que Bakr Mujidah — acusado de, em 07 de outubro de 2023, romper uma das barreiras de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza com um trator -, morreu em 13 de julho, o mesmo destino em 23 de agosto de Firas Ghrir, que é apresentado com um dos atacantes do ‘kibutz’ Kissufim.
Por fim, Ibrahim Saleh Rajab, outro elemento do Hamas que alegadamente participou nos ataques no sul de Israel, morreu em 27 de março.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 68 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Desde 10 de outubro, está em vigor um acordo de cessar-fogo, impulsionado pelos Estados Unidos com outros mediadores (Egito, Qatar e Turquia), com apoio de vários países árabes.
No âmbito do entendimento, o Hamas devolveu os últimos 20 reféns vivos que mantinha na Faixa de Gaza, mas apenas 15 dos 28 que estavam mortos, alegando dificuldade em encontrar os corpos entre os escombros do território.
Em troca, Israel libertou quase dois mil presos palestinianos e 195 corpos que mantinha na sua posse.
Além das entregas de reféns e prisioneiros, a primeira fase do acordo prevê a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.