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Covid-19: Funcionários públicos do Ruanda que rejeitem vacinas são despedidos

JM-Madeira

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Data de publicação
14 Janeiro 2022
17:13

Os funcionários públicos ruandeses que se recusam a ser vacinados contra a covid-19 terão que pedir a demissão, anunciaram quinta-feira à noite as autoridades do Ruanda.

"Os direitos das pessoas têm limites. Demos-lhes tempo para refletirem. Os que se recusaram categoricamente a serem vacinados, demitiram-se dos seus empregos", disse o ministro da Administração Pública, Jean-Marie Gatabazi, na televisão estatal.

O Estado deve proteger o direito dos vacinados de não serem infetados pelo vírus, acrescentou o governante.

No Ruanda, onde vigora o recolher obrigatório desde o início da pandemia de covid-19, a vacinação é obrigatória para utilizadores de transportes públicos, em restaurantes, mercados ou reuniões.

Na semana passada, o Governo pediu às empresas privadas que garantissem que os seus trabalhadores fossem todos vacinados, sob pena de "suspensão temporária de atividade" caso fosse registado um surto de infeções nos seus serviços.

Em novembro, Kigali exigiu aos funcionários públicos, ainda reticentes em se vacinarem, para o fazerem no prazo de 10 dias.

O anúncio de Gatabazi na noite de quinta-feira surge na sequência daquela exigência.

Segundo as cartas de despedimento consultadas pela agência France-Presse, algumas instituições governamentais já pediram aos seus funcionários que deixassem os empregos.

Pessoas que se recusam ser vacinadas, disseram à agência noticiosa que rejeitam as vacinas por motivos religiosos, pelo que consideraram o despedimento injustificado.

Um membro da confissão religiosa Igreja Adventista do Sétimo Dia, que vive no leste do Ruanda, disse, sob anonimato, que as autoridades locais o obrigaram a vacinar-se.

Cem ruandeses chegaram nos últimos dias à ilha de Idjwi, no lago Kivu, que faz fronteira entre o Ruanda e a República Democrática do Congo (RDCongo), alegando que fugiam às campanhas de vacinação.

Estes cidadãos foram devolvidos ao seu país na quinta-feira, segundo as autoridades locais.

As autoridades ruandesas negam que a vacinação é feita de forma obrigatória.

"Ninguém é obrigado a ser vacinado. Aqueles que fogem, como os que fugiram para a ilha de Idjwi, não foram obrigados a ser vacinados", disse Julien Mahoro Niyingabira, diretor do departamento governamental de comunicação em assuntos sanitários.

"Eles simplesmente não querem cumprir as regras que exigem que se deve estar vacinado para utilizar os transportes públicos, ir a mercados e outros locais. As regras são postas em prática para reduzir o risco de infeção", salientou.

Seis milhões de pessoas, de uma população total de 13 milhões, têm já a dupla vacinação no Ruanda, país que apresenta uma das melhores taxas de vacinação do continente africano.

O Ruanda registou 123.886 casos de covid-19 e 1.395 mortes desde o início da pandemia.

A covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.

Lusa

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