A comentadora residente do 'Política 5.0', programa político da rádio 88.8 JMFM, analisou os resultados das Eleições Legislativas Nacionais.

Na apreciação que fez sobre os resultados do domingo eleitoral, Carina Ferro sustenta que, ao nível regional, tanto a coligação PSD/CDS como o PS devem refletir nos resultados de ontem e assiste com preocupação ao crescimento do Chega. Sustenta que estes são cenários que não devem ser desvalorizados para encarar as Eleições Legislativas Regionais de 2023.

Sobre a coligação entre sociais-democratas e centristas, a comentadora salientou que o PSD na Região conseguiu inverter a tendência nacional ganhando na RAM, ainda assim assinala que "a coligação com o CDS não trouxe os frutos que se apregoam".

"Em 2019 os votos de PSD e CDS totalizavam 56 mil votos e ontem a coligação obteve 50 mil votos. Ou seja, são menos 5.800 votos do que teriam obtido se tivessem ido a eleições separados. Creio que o caminho para as Regionais, em particular os partidos do arco da governação, devem fazer uma profunda reflexão no sentido de perceber se esta coligação trará vantagem em 2023, em particular o CDS que deixa de ter representação parlamentar na Assembleia da República", analisa a antiga deputada socialista.


Carina Ferro alertou ainda para o perigo que o CDS corre após o desaire eleitoral deste domingo. "O CDS ao atingir o patamar da irrelevância ao nível nacional poderá efetivamente caminhar para extinção ao nível regional. Isto deverá ser ponderado", considera.


Já no que diz respeito ao Partido Socialista, Carina Ferro explica que "o PS Madeira segura os seus três deputados, mas por poucochinho, portanto, é um resultado que contraria a tendência nacional da maioria absoluta e também requer reflexão".


Por fim, sobre o crescimento eleitoral do Chega, a comentadora do Política 5.0 diz que o "crescimento inédito do partido da extrema direita, algo que deve ser encarado com preocupação".


"A Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, assumiu publicamente que o seu partido combaterá aqueles que designou como deputados racistas e também será importante perceber como é que um partido de um homem só e que vai a congresso cada vez que pretende afastar uma voz dissidente vai gerir um grupo parlamentar de indivíduos que não reconhecem como legítimas as liberdades, direitos e garantias de todos", finaliza Carina Ferro.

Hélder Teixeira