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Artigo de Opinião

O ESPÍRITO DOS TEMPOS

1/03/2021 08:00

A esquerda extremista e inimiga da liberdade começou a apagar e a reescrever a História da civilização ocidental. Fá-lo criminalizando o passado, arruinando figuras históricas e promovendo a catarse das ideias de que não gosta. Os objectivos são claros: expurgar o material considerado sensível e lesivo às novas causas, censurar o passado e higienizar o presente. Recordemos que a turba já baniu livros, filmes e músicas, transformou heróis em vilões e despediu uns quantos por conta de deslizes presentes ou passados. Num frenesim, também derrubou e maltratou estátuas, incluindo de Churchill ou do Padre António Vieira. Entretanto, a coisa progrediu para a exigência de obliteração de monumentos inteiros mostrando que quando não se travam os excessos das crianças mimadas, é provável que se fique muito parecido com elas. Orwell mostrou-nos - no "1984" - que quem controla o passado, controla o futuro, e que quem controla o presente, controla o passado. Os extremistas da "cancel culture" e do politicamente correcto, dos movimentos "antirracistas", do novo "feminismo" e da moda totalitária da "ideologia de género", já não disfarçam a língua de pau e a sanha revolucionária em curso. Churchill, um líder que hoje seria apedrejado de cada vez que abrisse a boca, previu com notável precisão que os fascistas do futuro se iam chamar a si próprios de antifascistas. Não se enganou.

A NATUREZA DO ESCORPIÃO

O PS local tem tentado uma aproximação política com intuito de ajudar a rever a lei de finanças regionais. Realce-se que a lei é um equívoco que já lesou a Madeira, só desde 2007, em mil milhões de euros, o que diz tudo sobre ela. Mas se por um momento houve esperança de que a boa vontade revelada se sobreporia à luta facínora amplificada por quem hoje controla o PS/Madeira, esse momento durou pouco. Na verdade, a natureza de um escorpião não muda, tal como não mudam os vícios quando são alimentados com dinheiro fácil. E ao primeiro ensejo, lá veio a chibatada habitual porque o PS insiste na opereta horrorosa construída de insinuações sobre governantes, sobre empresários, ou sobre o que calha. É este o nível da política socialista, uma política que vive do ressentimento, da inveja e da maledicência, enquanto lança intrigas e semeia acusações sem prova. De manhã, apresentam-se bem-falantes e trazem flores. De tarde, rasgam as vestes e afinfam munidos de chicote. Não vale a pena perder tempo com esta gente. E o que não tem solução, resolvido está.

A ALDEIA POTEMKIN

Considera-se uma aldeia Potemkin qualquer construção, ou realização humana, criada com o objectivo de iludir, inventar ou falsificar algo que não existe. O termo nasceu de Grigory Potemkin, governante, marechal-de-campo e amante de Catarina II, a Grande. Diz a lenda que Potemkin, no ano de 1787, precisava de impressionar a czarina e toda uma corte de embaixadores que iam visitar a recém-conquistada Crimeia, um antigo despojo dos Otomanos. No cardápio, a necessidade de mostrar o sucesso da política imperial russa. O problema era que a zona havia sido vergastada pela guerra e não era propriamente próspera, o que parecia tornar a tarefa quase impossível. Mas Potemkin não se deixou abater e criou um logro perfeito: à medida que a corte vinda de Kiev descia pelo Dniepre e passava por aquilo que pareciam ser aldeias cheias de habitantes felizes durante o dia, um grupo de homens desmontava essas mesmas aldeias durante a noite, para voltar a montá-las mais à frente. Um território inóspito parecia agora, aos olhos de quem interessava, um espaço de aldeias e de pessoas felizes. Verdadeira ou não, esta história transformou-se numa lenda usada para ilustrar que é possível iludir ingénuos, desatentos e/ou quem quer [ou precisa de] ser iludido. Não encontro outra metáfora que descreva tão bem o que é este país nas mãos dos socialistas.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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