Termina hoje o Encontro Ibérico dos Bispos das Comissões de Comunicação Social das Conferências Episcopais de Portugal e Espanha, reunião que teve início no dia 3 no Funchal, com o intuito de refletir sobre o tema ‘A linguagem na comunicação eclesial’.
O encerramento do evento acontece com a celebração de uma missa na Sé do Funchal, presidida por D. Nuno Brás, e com a presença dos bispos que participam no encontro, cujos trabalhos decorreram no Seminário Diocesano.
Durante os três dias de trabalho, os bispos destacaram a importância de uma linguagem clara e próxima da vida quotidiana, capaz de responder às questões do homem e da mulher contemporâneos. A comunicação eclesial deve equilibrar rigor e verdade com a necessidade de difundir a mensagem de forma acessível., lê-se nas conclusões do Encontro Ibérico
Outro ponto central foi o papel da comunicação como presença essencial da Igreja no mundo. “Comunicar é tornar visível o Amor de Deus no mundo”, afirmaram, sublinhando que a comunicação não deve ser vista como um adorno, mas como parte integrante da missão eclesial.
Os bispos também enfatizaram a necessidade de adaptação às mudanças constantes na linguagem e nos meios de comunicação. A Igreja é chamada a utilizar todos os formatos disponíveis, incluindo os mais recentes, por via das redes sociais, sem descartar nenhuma ferramenta que possa ampliar o alcance de sua mensagem.
Além disso, foi destacado que a comunicação eclesial deve ir além do institucional, promovendo relações pessoais e colaborativas que contribuam para o bem comum. Inspirados pelo Papa Leão XIV, que propôs uma Jornada Mundial das Comunicações Sociais com o tema “Preservar vozes e rostos humanos”, os bispos reforçaram que comunicar é também escutar, acompanhar e partilhar vida.
A profissionalização na comunicação foi outro tema abordado, com ênfase na formação, sensibilidade jornalística e domínio do ambiente digital, incluindo os desafios trazidos pela Inteligência Artificial.
No final do encontro, os bispos reconheceram os avanços na comunicação da Igreja, como a maior presença nos meios generalistas, o aumento de vozes femininas e leigas na missão e o esforço contínuo na formação. Apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer, os passos dados são motivo de esperança, lê-se.
O encontro reforçou o compromisso da Igreja em adaptar sua linguagem e presença aos desafios do mundo atual, mantendo-se fiel à sua missão de comunicar o Amor de Deus.
De salientar que o evento contou com a participação de Gil Rosa, subdiretor da RTP/Madeira, e de e de Cristina Sánchez Aguilar, diretora do semanário espanhol Alfa y Omega.