A Câmara Municipal do Funchal (CMF) reiterou hoje que "o processo da LIDL corre os seus trâmites normais", através de um comunicado que surge na sequência de declarações proferidas pelo líder do JPP, Élvio Jesus, numa iniciativa política realizada durante a manhã.

"Gostava de dizer a todos os funchalenses, que ainda esta semana Pedro Calado recusou esclarecer a situação do LIDL. Eu próprio fiz o pedido e levei uma nega, pois responderam que teria de demonstrar interesse legítimo e que o pedido era ‘impreciso’, como se aqueles senhores não conhecessem a cadeia LIDL", referiu o líder do JPP

O comunicado emitido pelo Gabinete da Presidência da CMF começa por referir que o Executivo camarário "não vai responder diretamente à JPP, porque esta vereação não tem de se submeter ao escrutínio de partidos sem representação municipal".

Mas depois "lamenta e repudia que a se possa "confundir as competências da Assembleia Legislativa Regional com aquelas que são as competências da Assembleia Municipal", o que no entender do Executivo camarário "só pode ser entendido como uma tentativa de usurpação de funções, de intimidação dos órgãos de poder locais legitimamente eleitos, na tentativa de ganhar espaço mediático em período eleitoral".

"A Câmara Municipal do Funchal já disse, por diversas ocasiões, que o processo da LIDL corre os seus trâmites normais. A cadeia alemã tem já 2 processos de licenciamento concluídos (Poço Barral e junto à Rotunda da Assicom), estando outros 2 em apreciação (Rua Dr. Pita e Largo Severiano Ferraz)", acrescenta-se depois na mesma nota, reiterando Autarquia liderada por Pedro Calado que "tem todo o interesse em viabilizar o investimento da LIDL no Funchal, desde que se cumpram com todos os preceitos legais".

"Caberá aos investidores, e nunca ao município, anunciar quando, como e porquê, serão feitos os referidos investimentos", lê-se ainda no comunicado, que conclui com a acusação de que "tudo o mais são cortinas de fumo para intoxicar a opinião pública, na tentativa de fazer render mais alguns votos".

Raul Caires