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Artigo de Opinião

Comunicação - Assuntos da UE

17/05/2024 08:00

Vamos a uma adivinha: qual é coisa qual é ela que acontece a cada cinco anos e que, na última vez que aconteceu, Portugal ficou no top 5 de países com maior abstenção?

Estamos a menos de um mês das eleições europeias. Em 2019, juntamente com países como a Eslovénia, Eslováquia, República Checa e Croácia, Portugal conseguiu um lugar no top menos meritório. O top dos países europeus com as maiores abstenções. Há cinco anos, apenas 30,75% dos eleitores elegíveis exerceram o seu direito ao voto.

A percentagem da abstenção portuguesa não me choca. O descontentamento do povo aliado à falta de informação sobre as instituições que vão a eleições também influencia o voto. Há uma falta de explicação sobre o seu funcionamento. É preciso humanizar as instituições europeias.

Mas olhemos para Junho de 2024. As eleições europeias realizar-se-ão de 6 a 9 - uma votação que definirá o futuro da Europa - em Portugal, as eleições terão lugar no dia 9 de junho. Estas destinam-se a escolher os próximos representantes do Parlamento Europeu. É fácil esquecer o número de pessoas afectadas pelo resultado das eleições europeias. ‘’Ah, e quais são as funções do PE?’’, perguntar-me-á o leitor. O Parlamento Europeu é a única instituição da UE diretamente eleita pelos cidadãos europeus. O seu principal papel é assegurar a legitimidade democrática da legislação europeia. Além disso, debate a legislação - aprova ou rejeita leis e tem também a opção de fazer alterações (leis que afectam toda a gente: grandes países e pequenas comunidades, empresas poderosas e startups, o global e o local); supervisiona as instituições e os orçamentos da UE; e estabelece o orçamento da UE (juntamente com o Conselho da UE).

Contudo, apesar das instituições europeias guiarem a nossa vida quotidiana, as eleições europeias tendem a não atrair muito interesse.

Nem tudo é mau e eu, pessoalmente, tenho fé, especialmente nos votantes mais jovens. Esta geração, a Z, parece-me uma geração que não se contenta. Que quer, vai, e luta pela mudança!

Isso é claro no recentemente publicado Eurobarómetro sobre a Juventude e a Democracia, pela Comissão Europeia, que revela que 64% dos jovens tem intenção de votar - a amostra representativa foi de 26.189 jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 30 anos nos 27 Estados-Membros.

Além disso, 48% declararam ter tomado medidas para mudar a sociedade, assinando uma petição, participando numa manifestação ou enviando uma carta a um político. Em particular, os jovens mostraram-se activos em temas relacionados com os direitos humanos (34%), as alterações climáticas e o ambiente (33%), a saúde e o bem-estar (29%) e a igualdade de direitos independentemente do género, raça ou sexualidade (29%).

Por último, o inquérito revelou que 67% dos jovens consideram que a UE tem um impacto, pelo menos em certa medida, na sua vida quotidiana.

Estes jovens trazem-me esperança para uma Europa mais unida e próspera. Mas não só para eles se fazem as eleições. Num assunto que afeta pequenos e graúdos, todos (aqueles que são elegíveis) têm o dever cívico de exercer o seu voto. Por isso, a 9 de junho, vote. Vamos mudar o fado. Faça-o por si, pelos seus e pela esperança de que uma Europa mais próspera está ao virar da esquina. Espero.

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