A presença de contaminantes, como as ciguatoxinas, de origem natural, e que são produzidas por microalgas, que se acumulam no pescado, é uma das preocupações no âmbito do projeto que a Região está a desenvolver para garantir que o pescado descarregado na Madeira é de qualidade e está livre destas partículas. Um problema que não afeta a Região.
A ideia foi desenvolvida esta manhã por Pedro Ideia, da Direção Regional do Mar, no âmbito I Fórum Internacional sobre Vigilância de Intoxicações Alimentares, evento que decorreu no Auditório do Colégio dos Jesuítas, no Funchal.
"Quando falamos em contaminantes no pescado falamos, sobretudo, em metais pesados", disse o bioquímico da Direção Regional do Mar, alertando para a questão do mercúrio no peixe espada. "O que se pretende é uma monitorização apertada do pescado que é descarregado e garantir que é fornecido para a cadeia comercial o pescado que está em condições de segurança", relevou Pedro Ideia no âmbito do I Fórum Internacional sobre Vigilância de Intoxicações Alimentares, que foi promovido pela Direção Regional da Saúde (DRS).
Pedro Ideia frisou, à margem deste evento, que há peixe espada preto que não é descarregado na Madeira por exceder os limites máximos de concentração de metais pesados admitidos pela UE.
Este evento insere-se no âmbito do projeto ‘Raspa’, um projeto financiado pelo Programa INTERREG MAC que visa a criação de uma rede de vigilância sanitária de produtos de pesca e aquicultura na macrorregião da Macaronésia, envolvendo parceiros da Madeira, Canárias, Mauritânia e Senegal.
O secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, presidiu à cerimónia de abertura do evento.
Romina Barreto