E vão duas. Depois de assumir que os portos do Funchal vivem uma "situação anómala" de um "monopólio", o antigo governante Sérgio Marques voltou a virar baterias contra Luís Miguel de Sousa.
Na audição da Comissão de Inquérito que apura obras inventadas na Madeira, Sérgio Marques considerou que o Grupo Sousa, presidido pelo empresário Luís Miguel de Sousa, acusado de estar envolvido no afastamento de Eduardo Jesus da tutela dos portos, em 2017, "atingiu um nível de poder que já é excessivo". E inverter a situação hoje "é difícil" e "isso preocupa-me", desabafou.
Sérgio Marques disse ainda que não há garantias de que no porto do Funchal estão a ser praticados os preços mais baixos.
"Se não há concorrência, temos de encontrar formas de assegurar o serviço, em termos que nos garantam que os preços são os mais baratos", defendeu.
Sérgio Marques desafiou também, mais do que uma vez, Sérgio Gonçalves a apresentar propostas alternativas para os portos, considerando que a ausência dessas propostas retira "credibilidade" a quem se quer candidatar a presidente do Governo.
Alberto Pita