Integrada no último painel da conferência ‘Madeira na rota do Investimento imobiliário’, no Savoy Palace, Eliane Ribeiro, consultora do setor imobiliário, proferiu uma oratória sobre ‘a Madeira como destino para os investidores internacionais’.
Eliane Ribeiro é luso descendente, de minhotos, tendo nascido no Brasil e fez depois o percurso inverso, radicando-se em Portugal. Mas em 2009 "sofremos um tsunami, com a conhecida crise. Todos tivemos uma queda e em 2010 encontrei uma carreira como corretora imobiliária, com muitos desafios".
Explicou que teve que perceber que havia que mudar, a partir do momento "em que alguém disse que iriam vir charters da China. E vieram", disse.
"Encontramos as pessoas certas e começamos a vender Portugal na China. Vender um destino é também um desafio de tempo e um exercício de resiliência", relevando a importância dos vistos gole no Boom da sua atividade entre 2014 e 2019.
Eliane diz que a determinada altura era necessário procurar outros mercados, investindo então em vender Portugal no Brasil.
Partilhou que "a partir começamos a criar parcerias e uma rede sustentável", exaltando precisamente essa importância de trabalhar em rede.
"O mais importante é trazê-los para cá", reiterando a importância do tempo e da sustentabilidade dessa rede para vender o destino. "O imobiliário é uma consequência do destino", ou seja, primeiro é preciso "mostrar ao mundo o que é a Madeira" e o imobiliário vem depois. Com esse investimento, "hoje atendemos clientes de 30 países, depois dos brasileiros vieram os russos..."
Disse ainda que "o ano da pandemia foi o melhor ano de sempre", com a particularidade de "sete em cada 10 vendas foram feitas sem o cliente cá vir". Disse que todo o investimento, no tempo e nas redes, está dando frutos, projetando que "o próximo ano seja maravilhoso".
Eliane considera que o mercado do Brasil "praticamente ainda nem começou" considerando um filão para o setor imobiliário madeirense trabalhar, lembrando o universo de "280 milhões de pessoas que falam a mesma língua". A montante, lembrou também o mercado americano, venezuelano, russo, ucraniano... entre outros, após esse grande ênfase dado ao mercado brasileiro.
David Spranger