A Região adquiriu 2.400 vacinas, a serem aplicadas em dose única. Evitar as bronquiolites é um dos objetivos.
Um bebé recém-nascido recebeu hoje, no Hospital Dr. Nélio Mendonça (4.º piso), a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório, num momento que o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, marcou presença, marcando o início da vacinação.
"O objetivo desta vacinação é continuar a proteger as nossas crianças, principalmente aquelas que acabaram de nascer, perante uma patologia, que é responsável por um grande número de internamentos", vincou o governante, explicando que a Região - que é pioneira no país ao avançar com esta vacinação -, pretende evitar as bronquiolites.
"Alguns países já tomaram esta medida e a Madeira é a primeira região do país que inicia esta vacinação. Para nós, Região Autónoma da Madeira, Serviço Regional de Saúde, é mais um passo em frente na saúde pública da Região", averbou Pedro Ramos, observando que a medida vai ao encontro do Plano Regional de Saúde 20-30, marcando passo também na prevenção.
O Vírus Sincicial Respiratório, argumentou o secretário da Saúde, é uma das principais causas das idas às urgências pediátricas e, com esta medida, é também esperado que a afluência por este motivo diminua, assim como os internamentos.
Todas as crianças, nascidas a partir de dia 1 de novembro, serão vacinadas, sendo ainda contemplados os nascimentos na data posterior a 1 de abril, conforme recomenda a Agência Europeia do Medicamento, abarcando um recuo de oito meses.
Os bebés nascidos depois da data de 1 de novembro levam a vacina diretamente no Hospital Dr. Nélio Mendonça, sendo que as crianças nascidas até então, contando de 1 de abril, deverão ser vacinadas nos centros de saúde.
A Região adquiriu 2.400 vacinas, a serem aplicadas em dose única, recorde-se.
Importante numa perspetiva de prevenção
Filipe Catarino, o pai do bebé Henrique, o primeiro a receber esta vacina na Madeira, disse aos jornalistas esperar que os pais adiram. "Sou muito apologista de que é melhor prevenir do que curarmos", disse.
Romina Barreto