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Tumores malignos associados à principal causa de morte entre os 30 e os 74 anos em 2023

Data de publicação
09 Setembro 2025
11:07

Em 2023, os tumores malignos destacaram-se como a principal causa de morte nos vários grupos etários entre os 30 e os 74 anos, na Madeira, enquanto as doenças do aparelho circulatório prevaleceram nos óbitos de residentes na Região com 75 ou mais anos.

Os dados foram divulgados hoje pela Direção Regional de Estatística (DREM), que apresentou números relativos às causas de morte na Madeira desagregados por município, grupo etário e sexo.

No ano em análise, ocorreram 2.791 óbitos de residentes na Região, o que representa uma diminuição de 10,1% relativamente a 2022 (3.104 óbitos). Destes óbitos, 1.369 eram do sexo masculino (49,1%) e 1.422 do sexo feminino (50,9%).

Por grupo etário, registou-se o óbito de uma criança com menos de um ano, correspondendo a uma taxa de mortalidade infantil de 0,6‰ (1,7‰ em 2022). Entre 1 e 14 anos, ocorreram quatro óbitos de crianças duas das quais relacionadas com tumores malignos. Já no grupo de jovens dos 15 aos 24 anos, registaram-se 10 óbitos, com destaque para três devido a “acidentes de transporte” e três por “tumores (neoplasmas) malignos”.

Entre os adultos, dos 25 aos 64 anos, contabilizaram-se 514 óbitos, sobretudo por “tumores (neoplasmas) malignos” (182 óbitos), “doenças do aparelho circulatório” (107 óbitos) e “causas externas de lesão e envenenamento” (59 óbitos). No grupo dos 65 aos 84 anos, registaram-se 1.252 óbitos, com relevo para os “tumores (neoplasmas) malignos” (339 óbitos), “doenças do aparelho circulatório” (313 óbitos, sendo 102 por “doenças isquémicas do coração”) e “doenças do aparelho respiratório” (186 óbitos, incluindo 94 por “pneumonia”). Por fim, entre os 1.010 óbitos com 85 e mais anos, destacam-se 298 que tiveram como causa de morte “doenças do aparelho circulatório” e 200 por “doenças do aparelho respiratório”, dos quais 114 atribuídos a “pneumonia”.

Ao nível de município, e em termos proporcionais, o município do Funchal registou 1.224 óbitos (43,9%), seguido de Santa Cruz com 376 óbitos (13,5%) e Câmara de Lobos com 266 óbitos (9,5%). Estes municípios concentraram 66,9% dos óbitos da Região. Por outro lado, os municípios de Porto Santo (53 óbitos; 1,9%), Porto Moniz (55 óbitos; 2,0%), São Vicente (82 óbitos; 2,9%) e Santana (94 óbitos; 3,4%) apresentaram menos de 100 óbitos, em 2023, totalizando 10,2% das mortes.

A causa de morte por “doenças do aparelho circulatório” destacou-se como a principal na Região (25,8% do total de óbitos) e também nos municípios da Calheta, Funchal, Ponta do Sol, Porto Moniz, Santana e São Vicente. Em Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico, a principal causa de morte foi por “tumores (neoplasmas) malignos” enquanto na Ribeira Brava a mortalidade por “Doenças do aparelho respiratório” foi a predominante (40 dos 160 óbitos). A taxa de mortalidade por esta causa de morte na RAM foi de 2,8‰, valor igual ao registado a nível nacional. Por município, esta taxa foi superior no Porto Moniz (8,8‰), seguido de São Vicente (5,1‰) e Santana (4,9‰). Os municípios do Porto Santo (1,8‰), Santa Cruz (1,9‰) e Câmara de Lobos (2,0‰) foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade por esta causa de morte.

A mortalidade por “Tumores (neoplasmas) malignos” foi a segunda causa de morte mais comum na RAM, em 2023, tendo sido contabilizados 649 óbitos, o correspondente a 23,3% do total de mortes e a uma taxa de mortalidade de 2,5‰, taxa inferior à nacional que se situou em 2,7‰. Os municípios do Funchal (296 óbitos), de Santa Cruz (92 óbitos), Câmara de Lobos (67 óbitos) e Machico (57 óbitos) foram os que registaram maior número de mortes por esta causa. Nos restantes municípios o número de óbitos foi inferior a 30, destacando-se o Porto Moniz com apenas 10 mortes. Em termos de taxa de mortalidade, os municípios do Porto Moniz (4,0‰), São Vicente (3,7‰), Santana e Porto Santo (ambos 3,1‰), Machico (2,9‰) e Funchal (2,8‰) foram os que apresentaram as taxas mais elevadas e superiores à média regional (2,5‰). A menor taxa foi observada nos municípios da Ribeira Brava (2,0‰), Câmara de Lobos e Santa Cruz (ambos com 2,1‰).

Note-se que, em termos de taxa, a mortalidade por tumores malignos foi superior à mortalidade por doenças do aparelho circulatório nos municípios do Porto Santo (3,1‰ face a 1,8‰), Machico (2,9‰ face a 2,5‰), Santa Cruz (2,1‰ face a 1,9‰) e Câmara de Lobos (2,1‰ face a 2,0‰).

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