A União dos Sindicatos da Madeira esteve reunida, esta manhã, em conselho regional, com o intuito de fazer um balanço à mobilização dos organismos sindicais para a greve geral agendada para o dia 11 de dezembro, contra a proposta de pacote laboral do Governo da República.
Alexandre Fernandes, coordenador da USAM, afirmou aos jornalistas que nota que os sindicatos estão preocupados com as medidas que representam “um retrocesso muito grave” nas leis laborais, que o governo da República pretende fazer aprovar no parlamento nacional.
O sindicalista vincou que a greve deve contar com a adesão “de todos os trabalhadores, porque o pacote laboral atinge a todos”, sejam do setor público sejam do setor privado.
Assim, e estando em curso um conjunto de plenários de trabalhadores dos sindicatos, está a ser feito um apelo para a adesão massiva à paralisação. No dia 11, a USAM estará na rua, junto à Assembleia Legislativa, pelas 11h30, prevendo “uma forte mobilização” e na qual será apresentada uma resolução dos sindicatos representados a ser enviada para os responsáveis da Região.
Segundo Alexandre Fernandes, os madeirenses têm razões para aderir à greve, não só olhando para as mudanças na lei laboral a nível nacional, mas também pelos custos da insularidade, pela segunda maior taxa de risco de pobreza do país que afeta os trabalhadores, pela maior taxa de inflação e pelo custo da habitação.
“Os trabalhadores da Madeira têm motivos redobrados para se juntar a esta luta”, vincou o sindicalista, apelando, mais uma vez, à participação na greve geral do dia 11, clarificando que o trabalhador não tem de avisar à entidade patronal que vai faltar ao serviço em dia de greve geral.