O antigo deputado e advogado Ricardo Vieira fez uma intervenção no sentido de lembrar a construção do pilar legislativo que resultou na constituição do parlamento madeirense e, como tal, da Autonomia da Madeira, aliando ao pilar da solidariedade.
Sublinhou que “estamos ainda muito aquém dos princípios de solidariedade e integração que a Madeira e os açores deviam ter” no contexto nacional.
O causídico aditou que muitos defendem que a autonomia nasceu das situações geográficas e históricas das ilhas, que antes do 25 de abril, “nem eram chamados de arquipélagos, mas sim de distritos autónomos”.
“As únicas referências que encontramos aos arquipélagos eram os círculos eleitorais”, disse.
Ricardo Vieira comentou ainda que a própria constituição da República “não foi revolucionária, nasceu com a conciliação do 25 de novembro”, “antes, o poder não estava na assembleia constituinte, era um poder de origem mais militar”, recordou, apontando, em paralelo, o movimento revolucionário que nascia na Madeira na conquista de mais poderes sobre o seu próprio território.