Na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos da Ribeira Brava, o presidente cessante, Ricardo Nascimento, despediu-se oficialmente da liderança da autarquia após 12 anos de mandato, num discurso marcado pela emoção, gratidão e apelo à união em prol do concelho.
“A nossa vida é feita de passagens, e cada uma delas deixa marcas profundas no coração”, começou por dizer o autarca, visivelmente emocionado. Recordando o percurso iniciado há doze anos, Nascimento sublinhou que o tempo à frente da Câmara Municipal foi pautado por “dedicação, desafios, conquistas e, acima de tudo, amor pela terra”.
O ex-presidente agradeceu “do fundo do coração a todos os ribeirabravenses pela confiança” depositada ao longo dos mandatos, garantindo ter procurado honrá-la “todos os dias, com trabalho, empenho e a vontade de fazer da Ribeira Brava um lugar melhor para viver”.
“Nada disto seria possível sozinho”, acrescentou.
Ricardo Nascimento destacou ainda o contributo de todos os que, ao longo dos anos, colaboraram com o município, desde equipas políticas a associações locais e colaboradores da autarquia.
“Aos que colocaram sempre a Ribeira Brava à frente dos interesses partidários, o meu sincero reconhecimento. Aos funcionários da autarquia, que arregaçaram as mangas e transformaram projetos em realidade, o meu profundo agradecimento”, afirmou.
O autarca também dirigiu palavras de apreço ao presidente do Governo Regional, presente na cerimónia, elogiando “a capacidade de ouvir e a vontade de fazer”, salientando que “a Ribeira Brava mudou, e mudou para melhor, fruto do esforço, da união e do trabalho de todos”.
Dirigindo-se ao novo presidente da Câmara, Jorge Santos, Ricardo Nascimento desejou “os maiores sucessos” e sublinhou que “os vossos êxitos serão os êxitos da Ribeira Brava”.
Com um tom simbólico e bem-humorado, deixou uma metáfora de condução: “A população da Ribeira Brava entregou-te um carro super seguro, com grande estabilidade. É preciso ter duas luzes à frente, às vezes ligar os máximos para ver mais além e não esquecer que tens três espelhos, porque também é preciso olhar para a retaguarda.”
Num apelo à colaboração e ao espírito de serviço público, o presidente cessante pediu aos novos órgãos autárquicos que coloquem sempre o interesse coletivo em primeiro lugar.
“Independentemente das forças políticas ou dos objetivos pessoais, decidam-se sempre pela Ribeira Brava. É preciso trabalhar em conjunto, discutir, ouvir e depois decidir para executar.”