O Partido Trabalhista (PTP), em visita à cidade do Caniço, denunciou a discriminação envolvendo os motoristas de táxi da localidade. Segundo o candidatura, em nota enviada às redações, os profissionais da praça de táxis do Caniço “estão impedidos de realizar serviços a partir do aeroporto, ao contrário do que ocorre com motoristas de outras freguesias do concelho.”
De acordo com a denúncia, as praças de táxis do Caniço estão a ser excluídas de operar no aeroporto, uma restrição que não se aplica a taxistas de zonas como Gaula, Santa Cruz, Água de Pena e Camacha.
O PTP aponta como principal responsável pela situação a atual presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Hélia Ascensão, que, segundo o partido, teria prometido interceder junto da Direção dos Transportes Terrestres para garantir esse direito aos motoristas do Caniço — o que não se concretizou ao longo do seu mandato.
“Os taxistas do Caniço foram vítimas de promessas não cumpridas e agora são vítimas do progresso”, afirmou o representante do PTP. O partido refere-se à chegada de plataformas de transporte digital, como a Bolt e outras empresas TVDE, que têm dominado o mercado local, oferecendo preços mais baixos e reduzindo significativamente a procura pelos serviços de táxi tradicional.
“Com o avanço das plataformas eletrónicas, os táxis estão praticamente sem trabalho. E, além disso, foram excluídos de uma rota essencial como a do aeroporto, o que agrava ainda mais a situação”, lamenta o PTP, que assegura apoio à luta dos motoristas do Caniço.
A crítica do partido estende-se ainda a alegadas práticas políticas do atual executivo municipal, acusando-o de “enganar” os profissionais do setor e de perpetuar critérios considerados injustos e desiguais.
“Se os taxistas de outras freguesias podem transportar passageiros do aeroporto, por que razão os do Caniço não têm o mesmo direito?”, questiona José Manuel Coelho, que promete continuar a pressionar as autoridades competentes para garantir igualdade de condições a todos os profissionais do concelho.