Os trabalhos parlamentares do dia de hoje na Assembleia Legislativa da Madeira tiveram início com críticas, por parte de Carlos Fernandes, do PSD ao chumbo da proposta que estava em discussão na Assembleia da República no sentido de serem criadas políticas sérias para ajudar os imigrantes.
O deputado referiu-se concretamente à comunidade venezuelana - que tem 2400 na Madeira - e que enfrenta, em todo o Mundo, dificuldades em fazer passaporte e resolver a sua vida.
O parlamentar social-democrata acusou os socialistas madeirenses de estarem por detrás do chumbo, uma vez que "estão calados" e "não tiveram qualquer posição relativamente à situação".
Elisa Seixas, deputada do PS, pediu a voz para questionar Carlos Fernandes sobre quais as iniciativas apresentadas pelo PSD no Parlamento regional em defesa dos imigrantes.
Carlos Rodrigues, deputado social-democrata, também se dirigiu ao colega de bancada, para denunciar o tom de voz, a raiva da parlamentar Elisa Seixas.
Depois, perguntou sobre se a atitude do PS-M terá a ver com o facto de a comunidade venezuelana não ter mostrado agrado, nas eleições, no PS que, alegadamente, "estará a querer vingar-se".
Jaime Filipe Ramos, do PSD, também deitou 'achas à fogueira'. Considerou que a comunidade venezuelana está a apanhar do PS por não votar neste partido. Uma comunidade que muito tem trabalhado e que tem se integrado bem.
Carlos Fernandes, em resposta aos três deputados, admitiu que, realmente, aquilo que se assiste "é a raiva" do PS. Uma raiva que começou a se evidenciar depois da derrota eleitoral em 2019.
Carla Ribeiro