O Grupo Parlamentar do PSD-Madeira apresentou, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, um voto de protesto contra a decisão das autoridades venezuelanas, sob o regime de Nicolás Maduro, de revogar a autorização de operação da TAP nas ligações entre Portugal e a Venezuela.
Os social-democratas madeirenses classificam a medida como “ofensiva, politizada e totalmente desproporcionada”, considerando-a um ato de retaliação que viola os princípios fundamentais da aviação civil internacional e prejudica diretamente a vasta comunidade portuguesa e madeirense residente na Venezuela.
Segundo o PSD-M, esta decisão agrava o isolamento político do país e arrasta consigo as comunidades portuguesas, interrompendo ligações essenciais para a vida familiar, económica e social. O partido vê neste gesto mais uma demonstração do “padrão autoritário e imprevisível” do regime de Maduro, que, afirma, não demonstra capacidade para respeitar compromissos internacionais.
O Grupo Parlamentar recorda que a TAP suspendeu os voos após alertas de segurança no espaço aéreo venezuelano, elogiando a atuação do Estado português e da companhia pela “responsabilidade exemplar” demonstrada. O PSD-M destaca ainda o trabalho do Governo da República na defesa da segurança dos passageiros e na mobilização de esforços diplomáticos para restabelecer as ligações aéreas.
Face ao que considera um “grave retrocesso” e uma injustiça para milhares de famílias, o PSD-Madeira reafirma a sua solidariedade com a comunidade madeirense na Venezuela e apela ao reforço da ação diplomática portuguesa. O objetivo, sublinha, é garantir o rápido restabelecimento das rotas e salvaguardar os direitos dos cidadãos portugueses.
O grupo parlamentar termina expressando o seu “profundo repúdio” pela decisão venezuelana, que afirma ferir a dignidade das comunidades portuguesas e afrontar os princípios que devem nortear as relações entre Estados.