Bruno Melim foi o primeiro a subir ao palanque na manhã desta terça-feira, para proferir a declaração política semanal, no arranque dos trabalhos na Assembleia Regional.

O deputado do PSD abordou o modelo de financiamento da Estado à Universidade da Madeira, sendo certo que "os anos passam e a República nada diz". O também líder da JSD diz que "o ensino não é uma prioridade, nem para o PS de cá nem para o PS de lá".

"O papel a que se prestou o líder do PS Madeira ao anunciar três milhões de euros não é sério. Sério seria assumir que iria interceder junto do Governo da República", disse, direcionando-se para a bancada socialista, onde hoje não está, pelo menos para já, Sérgio Gonçalves.

"Hipócrita e oportunista", foi como catalogou a atitude que atribui a Sérgio Gonçalves, questionando: "porquê três, porque não dois ou quatro milhões?"

Para Bruno Melim o valor avançado mostra que "o desconhecimento é tal que nem sabe todos os estudos revelam sempre uma necessidade de financiamento entre quatro e sete milhões".

Mas, diz o social democrata, Sérgio Gonçalves "atira três milhões para o ar, de forma irresponsável".

Nas achegas da sua bancada, Bruno Melim recebeu diversos apoios, entre os quais de Valter Correia que lamentou as afirmações do líder do PS Madeira: "condicionou o financiamneto da Universidade da Madeira à sua vitória em vez que colocar a questão na República. Mais uma vez agachou-se a Lisboa e é por estas e outras que nunca o PS será Governo na Madeira".

Na resposta, Bruno Melim lembrou que a postura não é nova e que "já com Paulo Cafôfo anunciou que só haveria ferry se ganhasse as eleições" em 2019. "Não ganhou, Cafôfo foi-se embora e não há ferry", constatou.

David Spranger