O Grupo Parlamentar do Partido Socialista criticou, hoje, a constituição da Comissão de Inquérito ao Instituto Superior de Administração e Línguas (ISAL), considerando que este expediente irá prejudicar a instituição e o ensino superior em geral, tendo apenas como objetivo “enxovalhar uma pessoa”.
Em conferência de imprensa, o deputado Gonçalo Leite Velho referiu que esta Comissão de Inquérito em nada vai resolver o problema dos alunos, dos professores e da instituição no seu todo, lamentando a personalização do caso na deputada Sancha de Campanella.
O parlamentar socialista salientou que a comissão não faz qualquer sentido, começando por dar conta que esta situação configura uma violação da autonomia da instituição de ensino superior, constitucionalmente consagrada. “Aquelas que são as condições administrativas e as questões de ensino do ISAL apenas ao ISAL dizem respeito”, referiu.
Em segundo lugar, Gonçalo Leite Velho esclareceu que o processo de acreditação é blindado e tem a ver com regras mais vastas a nível nacional e europeu, realizado por entidades independentes, por peritos e que deve também ser respeitado. “Esta comissão nada pode fazer em relação àquela que é essa ação, quer da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, quer das conclusões do seu painel de peritos”, vincou.
Por outro lado, o deputado referiu que, a haver algum dolo ou alguma situação merecedora de intervenção – o que não se verificou –, isso caberia ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação. “Aquilo que o Ministério procurou fazer está em articulado com o ISAL, que é minimizar os impactos sobre os alunos e sobre os profissionais desta instituição”, declarou.
Por fim, Gonçalo Leite Velho sublinhou que a Região pode, em muito, promover o ensino superior, apoiando a Universidade da Madeira e instituições privadas que aqui operam, mas “esta comissão de inquérito em nada vai ajudar o ISAL”, pelo contrário. “Esta situação prejudica o nome do ISAL, prejudica os alunos e os professores do ISAL, prejudica o ensino superior em geral e, em particular, prejudica uma colega”, rematou.