Uma comitiva do Partido Socialista (PS) visitou esta manhã o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP), no Funchal, para debater as principais preocupações da força policial na RAM, numa reunião de mais de uma hora com Ricardo Matos, Comandante da PSP -Madeira. A delegação, liderada pelo presidente do partido, Paulo Cafôfo, teve como porta-voz o deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, Gonçalo Leite Velho.
Em declarações aos jornalistas, o parlamentar socialista destacou que a reunião se insere “num quadro de iniciativas do Partido Socialista em torno das questões da sinistralidade e da segurança”, sublinhando a importância de uma “estratégia regional coerente” para reduzir o número de vítimas nas estradas madeirenses.
“Partilhamos com o Comando Regional da PSP a preocupação com a redução da sinistralidade e com as condições de trabalho dos polícias na Região”, afirmou Gonçalo Leite Velho, lembrando que o PS já apresentou uma proposta para a criação de um subsídio de insularidade destinado às forças de segurança.
Segundo o deputado, o partido pretende ver essa medida aprovada no próximo Orçamento do Estado. “Queremos que a proposta seja incluída já no Orçamento de 2026 e que, a nível nacional, seja regulada com a mesma unanimidade que alcançámos no Parlamento Regional”, disse.
Leite Velho alertou também para a necessidade de “melhores condições de fiscalização e de trabalho” por parte da PSP, nomeadamente no que toca ao funcionamento do sistema de notificações e à segurança rodoviária. “É fundamental garantir meios adequados para que a PSP possa desempenhar eficazmente a sua missão”, acrescentou.
O deputado socialista abordou ainda a importância de reforçar a polícia de proximidade, defendendo uma maior articulação entre as várias instituições. “Os números da criminalidade mantêm-se estáveis, mas é essencial melhorar a perceção de segurança das populações. Uma polícia próxima das pessoas é determinante”, afirmou.
Relativamente ao dispositivo policial na Madeira, Gonçalo Leite Velho reconheceu que há um problema de atratividade na carreira. “Aumentar a remuneração é uma forma de valorizar e atrair novos efetivos. Queremos que a carreira policial seja respeitada, com boas condições financeiras e estatutárias”, sublinhou.
O parlamentar concluiu garantindo que o PS vai continuar a trabalhar de forma “vincadamente construtiva” na defesa das forças de segurança e da segurança pública regional. “Estas reuniões servem para promover ação e cooperação institucional. É assim que entendemos o nosso papel enquanto oposição responsável”, concluiu.