Miguel Castro, líder do grupo parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira, considerou que Portugal deve voltar a sua “identidade”, argumentando que o Estado “deixou de servir” os propósitos e valores da cultura nacional.
Na sessão solene do 25 de Novembro na Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado do Chega começou por enaltecer a importância da data em que “Portugal decidiu ser Portugal e não satélite de ninguém”.
Todavia, Castro questionou se o país está hoje “à altura dos valores que esse dia salvou” e constatou que “Portugal deixou de servir Portugal”. Nesse caminho, atalhou, “o PSD foi cúmplice”, porque “permitiu a esquerdização do próprio partido”. Agora, admitiu, “começa lentamente a corrigir alguns desses erros, mas só o faz porque o Chega o forçou a seguir esse caminho”.
Em seguida, Miguel Castro apontou a “imigração descontrolada” como um dos perigos para a identidade nacional e para a segurança da população. O deputado admitiu que “há imigrantes que trabalham”, mas realçou que não o país não pode “fechar os olhos à realidade”, afirmando que o peso da imigração “ultrapassa o que os serviços públicos conseguem comportar”.
“Os números da criminalidade violenta aumentam, os assaltos brutais multiplicam-se”, alegou o líder do Chega, acrescentando que “as forças de segurança continuam desvalorizadas e desprotegidas” e que as “escolas [foram] capturadas por agendas ideológicas”. “Décadas de políticas erradas”, sintetizou o deputado, considerando que uma “revisão constitucional profunda é fundamental”.