Paulo Fontes, moderador da Conferência da Autonomia sobre ‘Modelo Financeiro’, lamentou que os madeirenses continuem a ser ‘prisioneiros da geografia’, quando olhados em termos de autonomia financeira e de apoios nacionais e europeus.
O ex-secretário das Finanças fez o comentário recordando o livro ‘Prisioneiros da Gerografia’, de Tim Marshall, numa alusão às dificuldades acrescidas pela insularidade e ultraperiferia.
Paulo Fontes foi mais longe, ao afirmar que “por esta altura das comemorações dos 50 anos da Autonomia, a Região tenha menos autonomia financeira do que deveria ter”.
O ex-governante e ex-parlamentar acrescentou que a Madeira tinha mais quando comemorou 25 anos do processo autonómico. “Melhoramos muito à custa do labor e do sacrifício dos madeirenses e a custa da dívida publica. Não foi o Estado a participar mais na autonomia e nos orçamentos regionais”, clarificou, considerando que se vive um paradoxo nas comemorações dos 50 anos da Autonomia, numa altura em que a Europa quer rever o estatuto das regiões ultraperiféricas, retirando apoios. “Há 25 anos tínhamos mais transferência de verbas”.