O PAN Madeira assinalou esta quarta-feira Dia Internacional a Mulher.
Leia na íntegra a nota de imprensa assinada pela Comissão Política do PAN:
"O PAN Madeira junta-se a todos aqueles que por esse Mundo além evocam o Dia Internacional da Mulher, começando por reforçar a importância desta data. O Dia das Mulheres tornou-se um dia socialmente celebrado com despropósitos às mulheres, porém esta data nunca se tratou de bajular as mulheres, mas sim por ser o dia do ano em que estas saem em liberdade. Esta data foi instituída pelas Nações Unidas oficialmente em 1975, após terem surgido vários movimentos de mulheres na Europa e na América do Norte pela luta dos seus direitos, contudo, 48 anos depois, ainda há um longo caminho a percorrer.
Se por um lado foi dado às mulheres espaço na esfera pública para se afirmarem, por outro não foi trilhado um caminho para não as continuar a sobrecarregar na esfera privada. Se por um lado, as profissões ditas masculinas se tornaram abrangentes ao público feminino, garantindo uma melhor igualdade no acesso aos postos de trabalho, o mesmo não se verificou nos ordenados. Há sítios piores para se ser mulher, mas Portugal não é o país conhecido pelas igualdades de género.
Se por um lado se oferece flores a todas as mulheres na rua a todos os 8 de março, por outro, continuam a ignorar o flagelo da violência doméstica, tratando o assunto com panos quentes. Continuam a ter a justiça do lado dos agressores, continuam a ter um sistema que favorece o patriarcado e a misoginia, reduzindo as mulheres ao "sexo mais fraco", continuam a menosprezar a sua inteligência, referindo em parlamentos e assembleias "isto não são coisas de gaja", ou sendo enxovalhadas em praça publica apenas e só por serem mulheres.
Quando tratam a igualdade como a última das prioridades políticas, estão a dizer a toda uma sociedade que as mulheres não importam. Direitos das Mulheres são Direitos Humanos, e em Mulheres temos de incluir no discurso todas as que vivem neste mundo, independentemente da etnia, sexo biológico, religião, orientação sexual, expressão de género, ideologia política, classe social, olhando para as especificidades de cada uma para que se possa de facto considerar todas elas.
O PAN Madeira tem a visão de preocupação com o futuro das jovens raparigas, ambicionando uma sociedade mais justa, equitativa e segura. Para isso é preciso não só SENSIBILIZAR como EDUCAR: