Inaugurado no passado dia 11 de julho, o laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária (PJ) na Madeira já conseguiu identificar uma nova droga sintética na Região.
A informação foi hoje avançada por Carlos Farinha, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, que mais informou que a substância em causa, denominado de Alfa PHP IP, se trata de uma variante do popularmente designado de bloom, que conta com um complemento molecular.
Até então essa substância apenas havia sido detetada nos Açores.
No entanto, outra das nuances registadas na Região prende-se com o facto de terem sido encontrados narcóticos sintéticos que se tratam de misturas de vários componentes, uma situação que o responsável aponta ser invulgar no contexto nacional.
Ademais, denotou Carlos Farinha, dos 85 pedidos já direcionados à unidade laboratorial regional desde maio e que se traduziram em mais de 200 análises, 51% revelou corresponder às novas substâncias psicoativas, o que denota uma prevalência "extraordinariamente relevante" destes estupefacientes na Madeira, comparativamente ao todo nacional, onde tal prevalência fixa-se entre os 1/2%.
De acordo com os peritos do novo laboratório, a proveniência destes narcóticos é sobretudo de países asiáticos e do norte/nordeste europeu.
Segundo o responsável nacional, não há indícios de que estas novas drogas sejam produzidas na Região de origem. Há, sim, a indicação de que as misturas entre diversas substâncias já acontecem em solo regional.
Edna Baptista