Em declarações à margem da visita à clínica Nephrocare, que aconteceu esta manhã, Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional, rejeitou perentoriamente qualquer acordo com o Chega, mesmo que não consiga alcançar a maioria absoluta.
Fazendo paralelo com os partidos VOX e Frente Nacional, o governante descreveu o partido liderado a nível nacional por André Ventura como nacionalista, centralista e, como tal, avesso à autonomia, reconhecendo-o, por isso, como contrário à luta encabeçada pela Madeira para alargar a sua autonomia.
"É preciso as pessoas na Madeira terem a noção que o Chega, como todos os partidos nacionalistas, é um partido favorável ao centralismo e à extinção das autonomias. Foi isso que o VOX propôs nas recentes eleições em Espanha e é isto que propõe a Frente Nacional", frisou, apontando aplicar ainda o mesmo entendimento ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista, enquanto "partidos antissistema".
"Essa ideia de que há radicais à esquerda que devem ser acarinhados e radicais à direita que devem ser expurgados comigo não funciona", disse ainda, garantindo que não irá fazer "acordos com os crocodilos com esperança de ser comido em último lugar".
"Não temos qualquer possibilidade de acordo [com o Chega]", reiterou.
Já sobre as críticas tecidas ontem pelo por Sérgio Gonçalves na festa socialista na Madalena do Mar, Miguel Albuquerque afirmou não responder a ataques pessoais.
"Só tenho a dar os parabéns ao Tony Carreira que fez a melhor atuação em festas na Madeira", atirou.
[Notícia atualizada às 11h20]
Edna Baptista