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“Não vou votar”: Associação de jovens apela ao voto e lamenta atraso da nova lei eleitoral

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
21 Março 2025
11:24

A Associação de Jovens Madeirenses Conectados (AJMC) publicou um vídeo nas suas plataformas digitais com um apelo contundente sobre as próximas eleições. No vídeo, o próprio presidente da associação, Álvaro Teles, faz uma declaração impactante: “Eu não vou votar”. A afirmação, no entanto, não é um desincentivo, mas sim um alerta sobre as falhas do sistema eleitoral e a necessidade urgente de reformas, mesmo com a nova lei eleitoral prestes a entrar em vigor.

Segundo a nota enviada às redações sobre esta iniciativa, Álvaro Teles explica que sua decisão reflete a frustração de muitos cidadãos: “As pessoas estão cansadas de eleições, estas são as primeiras de três que teremos este ano. Se o voto não é de fácil acesso, então temos um problema na democracia.” Ele reforça que, embora a nova lei eleitoral entre em vigor nas próximas eleições, o sistema ainda precisa de mudanças estruturais profundas.

“Não podemos encarar o voto apenas como um direito; ele deve ser visto também como um dever cívico. O sistema eleitoral tem de ser repensado para que a participação não seja apenas um privilégio, mas uma verdadeira responsabilidade democrática.”

No vídeo, a AJMC destaca os 255.380 eleitores recenseados, mas também aponta a existência de “muitos eleitores fantasmas”, o que poderá aumentar a abstenção. A associação, conhecida por sua forte presença digital em eleições anteriores, continua a educar os jovens sobre o funcionamento das instituições democráticas e a lutar por um sistema mais justo e inclusivo.

A AJMC também chama atenção para o voto antecipado que registou apenas 760 inscrições, sendo a maioria destas feitas por estudantes deslocados. A associação acredita que esse número não reflete a enorme quantidade de jovens que gostariam de votar, mas enfrentam dificuldades para exercer esse direito, por não se encontrarem na região por diversos motivos. A AJMC reforça que, embora a nova lei eleitoral (aplicada apenas nas próximas eleições) seja um avanço, o sistema eleitoral ainda carece de uma reforma significativa para se tornar mais prático e transformar o voto em um verdadeiro dever democrático.

“Somos conscientes de que, nas próximas eleições, a nova lei eleitoral entrará em vigor. No entanto, o sistema eleitoral precisa de uma grande reforma para se tornar prático e passar de um direito a um dever”, concluiu Álvaro Teles, reforçando o compromisso da AJMC com a promoção de uma democracia mais participativa e justa.

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