Num debate entre Valter Rodrigues, do MPT, e o presidente da Assembleia Municipal do Funchal, sobre a falta de meios financeiros deste organismo, em que o deputado municipal reconheceu a diferença com outras assembleias municipais do país, José Luís Nunes sublinhou que o trabalho dos deputados municipais é “praticamente de voluntariado”, o que ganham em casa sessão municipal “é praticamente irrisório”
Disse que em Lisboa, “são tantas as sessões municipais que o que ganham é muito superior. “São realidades diferentes, outros números e valores. Mas não podemos cruzar os braços e fechar os olhos. Isso depende da lei nacional. Já é difícil abraçar um projeto difícil por várias razoes e é difícil pedir as pessoas que por voluntariado venham para a assembleia municipal.
Manuel Filipe, presidente da Junta de São Pedro, deixou a visão de que as assembleias de freguesia têm de se dignificar com outros incentivos e disse que se for “remunerado de forma conveniente e justa é motivo para que os munícipes” queiram fazer parte das listas.
“Quem vai às juntas de freguesias e assembleias vai de forma voluntária”, observou.
Idalina Silva, presidente da Junta do Monte, complementou o apontamento de Manuel Filipe: “Vejo que ao nível do poder mais próximo da população estamos sempre lá atrás. Sinto que não houve uma evolução para dignificar estas pessoas”.