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Investigação na Madeira: “Factos não provam aquilo que é alegado”

Data de publicação
05 Fevereiro 2024
11:41

Prossegue hoje o primeiro interrogatório a um dos três arguidos que continuam detidos no âmbito de um processo que teve, inclusivamente, consequências políticas na Madeira, originando, nomeadamente, a demissão de Miguel Albuquerque da presidência do Governo Regional da Madeira.

Hoje, à entrada para o Campus de Justiça, em Lisboa, o advogado Raul Soares da Veiga, que defende o empresário Avelino Farinha, falou aos jornalistas presentes e reforçou que as provas indicadas no despacho de indiciação ao ser cliente são fracas. E explicou porquê: “Porque não provam aquilo que é alegado, é tão simples como isso. Do meu ponto de vista. Aliás, há certas coisas que, evidentemente, o que resulta dos autos é o contrário do que é alegado”.

O interrogatório ao empresário começou na sexta-feira, prosseguiu sábado e é hoje retomado. E o advogado considera que ainda vai a meio. “Tem uma certa ordem, primeiro é o senhor juiz de instrução a fazer as perguntas, o que já vem a ser feito. Depois é o Ministério Público (MP). Portanto, estamos a meio, não sei exatamente em que ponto, porque os magistrados do MP perguntam o que bem entendem. Mas pela matéria, devemos estar um pouco mais de meio. E depois é a defesa, mas pode voltar a haver perguntas”.

O seu cliente, esse, continua “muito bem, muito firme, muito disponível, muito desejoso de esclarecer tudo”, apesar de estar há 13 dias detido. “Pois, ainda assim, está a ver. Estamos a falar de um homem forte”, considerou.

Não acredita que no final do interrogatório seja pedida a prisão preventiva, esperando que “que à medida que se vá esclarecendo as coisas que o MP comece a ver que os indícios, de facto, não são assim tão fortes. Que o que parecia afinal de contas não é. Que certos perigos não existem e que se chegue ao fim e não se peça nenhuma medida de coação detentiva”. Se assim não acontecer, embora não pense nisso, afirmar ser “óbvio” que vão recorrer, pois seria “uma coisa completamente desproporcionada, injustificada, ilegal mesmo.”

Refira-se que por causa da greve dos funcionários judiciais, os trabalhos voltarão a terminar às 17 horas de hoje.

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