Em nota remetida às redações, a Iniciativa Liberal, através do cabeça de lista às regionais, Nuno Morna, informa ter reunido com as Ordens dos Engenheiros e dos Engenheiros Técnicos, ouvindo as suas preocupações. O partido conclui que é preciso cumprir com "saneamento, transportes, energia e telecomunicações", no sentido de assegurar um futuro "mais próspero para todo o arquipélago".
Leia na íntegra:
"Reunimos com as Ordens dos Engenheiros e dos Engenheiros Técnicos. Ouvimos das suas preocupações com as carreiras que integram estas ordens, algumas das quais são por nós partilhadas.
As infraestruturas são essenciais para o desenvolvimento socioeconómico da Madeira. A Iniciativa Liberal vê com bons olhos o recurso a Parcerias Público-Privadas desde que resultem em claros benefícios para todos.
Uma boa logística que permita estradas em boas condições reduz o tempo de viagem e com isso o preço final dos produtos.
O investimento em energia eleva a oferta da mesma, tornando-a mais barata, o que reduz o custo de produção das empresas.
A maior produção aumenta a probabilidade de haver mais emprego, essencial no combate à pobreza.
E quando as residências são servidas por redes de água e de esgotos, cai a incidência de doenças e cresce o aproveitamento dos trabalhadores nas empresas.
Sem esquecer a necessidade de uma rede de telecomunicações moderna e eficiente, fundamental numa economia dinâmica.
Assim, os quatro parâmetros fundamentais, saneamento, transportes, energia e telecomunicações, serão de grande importância para um futuro mais próspero para todo o arquipélago. Neste sentido, a Iniciativa Liberal propõe, entre outras coisas:
1. O levantamento de todas as infraestruturas edificadas e viárias da Madeira de responsabilidade governamental e o estado em que se encontram, numa perspectiva de detecção de problemas e de definição de prioridades;
2. Acabar de imediato com o paradigma de obras feitas por fazer, sem critério e com enormes desvios orçamentais. Todas as obras têm que passar a ter estudos de viabilidade em função daquilo a que se destinam: custos de manutenção, de exploração, de dinamização, de implementação, de organização, etc.;
3. O 'item' "obras a mais" tem que passar a ser a excepção e não a regra. O desvio orçamental é inaceitável salvo por motivos de força maior;
4. Criar o Portal das Obras Públicas onde estará para consulta pública toda a informação e documentação processual e técnica relacionada com estes processos;
5. Os técnicos do estado têm que sair dos gabinetes criando uma cultura de acompanhamento de todas as obras e a avaliação do estado em que se encontram as infraestruturas à sua responsabilidade, sendo a norma o estar presente;
6. Melhorar o que já existe ao invés de procurar novas obras que continuem na trilha da betonização do arquipélago;
7. Procurar rever e renegociar os contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP);
8. Levantamento e descrição científica de todas as Bacias Hidrográficas, o seu estado, perigosidade, caudais em seco e em cheia;
9. Melhorar os equipamentos e infraestruturas dos Aeroportos da Madeira tendo em vista o reduzir dos constrangimentos e a implementação de um Plano de Contingência que minore atrasos e desconfortos;
10. Transformar em equipamentos públicos os edifícios da Alfândega, da Secretaria das Pescas, da Capitania e da GNR, na Avenida do Mar, no Funchal.
Estas são algumas das nossas propostas. Muitas outras podem ser encontradas no nosso programa eleitoral", é transmitido.