O Mercado dos Lavradores volta a encher-se de cor, aromas e animação durante o dia e, sobretudo, noite de 23 de dezembro, numa das mais emblemáticas celebrações da quadra natalícia.
Desde as primeiras horas da manhã, comerciantes e produtores preparam-se para um dia intenso, marcado pela grande afluência de madeirenses e visitantes que ali se deslocam para realizar as últimas compras para a ‘Festa’.
Entre bancas repletas de frutas, legumes e produtos tradicionais, o ambiente é de verdadeira azáfama. António Sousa, vendedor, revelou à nossa reportagem que o movimento começou cedo. “Às sete da manhã já havia bastante gente. Até ao meio-dia há bastante afluência para as frutas”. Só de tangerina, conta com cerca de uma tonelada e meia de tangerinas, conforme nos referiu, acrescentando que produtos como a anona, o abacate e a laranja também têm grande procura.
Para muitos, a Noite do Mercado é uma tradição que se mantém ano após ano. José Andrade conta que aproveitou para adiantar tudo. “Já fiz as compras todas, assim já não preciso de vir à noite”, explicou, evidenciando que, com crianças, a logística tem de ser diferente.
Há, de facto, quem vá ao mercado com objetivos bem definidos. Sandra Dias afirmou que não podia faltar à tradição de comprar “o ananás e a tangerina”, dois produtos incontornáveis da mesa madeirense nesta época.
Com o aproximar da tarde, outros produtos ganham destaque. Isabel Pereira, florista, procurava junquilhos, essenciais para os preparativos da noite festiva. Explicou-nos que tem sido o mais vendido.
Já Vítor Gomes, comerciante, explicou que muitos têm ido ao Mercado dos Lavradores para comprar “as couves para o bacalhau”, da mesa de Natal.