O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, acusou o governo de “nada fazer para travar a implantação e atividade de movimentos islâmicos radicais com ligações ao terrorismo internacional” que, a seu ver, já operam em Portugal.
As declarações foram feitas durante uma audição ao ministro da Presidência, Leitão Amaro, que teve lugar no âmbito da discussão do Orçamento de Estado para 2026.
Francisco Gomes afirmou que “existem pelo menos três organizações islâmicas extremistas em atividade no território nacional, com redes estruturadas, líderes identificados e ações coordenadas a partir de Portugal2. O deputado identificou a Jamaat-e-Islami, a Dawat-e-Islami e a Khelafat Majlish, todas, segundo disse, “com histórico de violência religiosa, ligação a redes terroristas e envolvimento na promoção do califado islâmico e da sharia na Europa”.
“Isto já não é suspeita. Não é teoria da conspiração. São factos: existem células islamistas a operar em Portugal. Estão organizadas, têm líderes identificados e estão ligadas a movimentos terroristas internacionais. E o governo o que faz? Nada. Finge que não vê, cala-se e assobia para o lado”, acusou o parlamentar.
Na audição, Francisco Gomes afirmou que estes grupos “estão a ser usados para operações internacionais hostis à civilização ocidental, incluindo campanhas de radicalização e protestos organizados contra países europeus cristãos, além de relações comprovadas com o Hamas, Hizb-ut-Tahir, Irmandade Muçulmana e outras classificadas como terroristas por vários estados do mundo”.
“Portugal está a transformar-se num campo de operações para o extremismo islâmico. O governo tem conhecimento destas organizações, mas mantém-se paralisado por cobardia política e medo de contrariar Bruxelas. Isto é uma ameaça direta à soberania nacional, à segurança interna e à nossa forma de vida”, vincou o deputado madeirense.
O deputado exigiu, deste modo, ao ministro “ações imediatas, incluindo a dissolução destas redes, a expulsão dos seus líderes, o encerramento de associações usadas”, a seu ver, “como fachada ideológica”, bem como a proibição de financiamento estrangeiro ligado a Estados ou organizações islâmicas radicais.