O Chega-Madeira acusa o Governo Regional, atualmente em gestão, de tentar “tapar o sol com a peneira” ao anunciar medidas de apoio aos pescadores e armadores a poucas semanas das eleições regionais. Miguel Castro, cabeça de lista do partido às legislativas de 23 de março, critica aquilo que considera ser uma “jogada eleitoralista” do PSD, “que durante anos ignorou os problemas do setor”.
“Foi o CHEGA que colocou as pescas na agenda política regional, tanto na Assembleia Legislativa da Madeira como na Assembleia da República. Fomos nós que denunciámos a falta de apoios, a burocracia sufocante e a ausência de uma estratégia para o setor. Agora, o Governo Regional tenta apressadamente dar umas migalhas aos pescadores, na esperança de esconder a sua inação durante anos”, afirma Miguel Castro.
O candidato do Chega sublinha ainda que “um dos maiores problemas do setor é a inércia e incompetência do Governo Regional no que respeita ao alargamento das quotas do atum, uma questão fundamental para garantir a sustentabilidade da pesca na Madeira”. “O Governo Regional ficou de braços cruzados enquanto os pescadores sofriam com quotas insuficientes. Pior do que isso, na Assembleia da República, PSD, PS e CDS – os mesmos que agora aparecem a prometer soluções – votaram contra o projeto do CHEGA para o alargamento da quota do atum. Se quisessem realmente defender os pescadores, teriam começado por votar a favor desta medida essencial”, denuncia Miguel Castro.
Para o Chega, as medidas pontuais agora anunciadas pelo Governo “não são suficientes” e apenas servem para disfarçar anos de negligência. “O setor precisa de uma estratégia de valorização do pescado, de incentivos reais à renovação da frota e de um combate sério à especulação do mercado. Não podemos continuar a assistir a um Governo que apenas reage quando está encostado à parede”, acrescenta.
Miguel Castro garante que os pescadores “não se deixarão enganar” por promessas de última hora e reforça o compromisso do Chega em “lutar por políticas estruturais que garantam um futuro digno para quem vive do mar”. “Enquanto outros apenas se lembram dos pescadores quando dá jeito, o CHEGA está e estará sempre ao lado deles, exigindo medidas concretas e não esmolas eleitorais”, conclui.