Considerando que as pescas, na Madeira, “enfrentam vários problemas” e apontando a “falta de ativos e envelhecimento das tripulações” como maiores entraves, o CDS defende a valorização da profissão de pescador.
“Só com uma valorização da profissão de pescador, através da formação e de melhores rendimentos, poderá tornar este setor atrativo para os mais jovens. Daí a necessidade de criar uma Escola de Pescas na Madeira e potenciar as mais valias da fileira comercial dos produtos do mar”, entende o partido dirigido por José Manuel Rodrigues.
Outro objetivo, apontado pelo partido, passa pela criação de melhores condições de trabalho, higiene e segurança. “Não podemos ter barcos com 40 e 50 anos, sem as mínimas condições, como acontece com a frota do peixe-espada-preto”, alerta.
A renovação dos barcos de Câmara de Lobos é, para o CDS, “absolutamente essencial à manutenção de um setor que representa muito para a economia daquele concelho e da Região, sendo um ex-libris do nosso arquipélago”.
Quanto à pesca do atum, “não podemos ficar sujeitos às atuais quotas e temos de negociar maiores capturas, até porque as artes praticadas pelos nossos pescadores são as tradicionais, não sendo responsáveis pelas reduções dos stocks de pesca”, adita.
“Não se pode tratar de forma igual aquilo que é desigual, isto é, ter as mesmas leis e normas para as regiões Ultraperiféricas como as que são feitas para países do território continental europeu, com frotas modernas e formas de pesca que dão cabo dos recursos marinhos. A economia azul pode e deve crescer na Madeira e no Porto Santo e a pesca é um dos seus pilares mais importantes”, remata o partido.